sabato 2 marzo 2013

PROJETO DE PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS




CURSO DE PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS PARA EDUCADORES DE 
ESCOLAS PÚBLICAS

Aluno: Benedito Maurílio Fagundes


PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS:
A IMPORTÂNCIA DA INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NO DESENVOLVIMENTO DO ADOLESCENTES
CURITIBA, 
MARÇO DE 2013.

1. INTRODUÇÃO

O Colégio Estadual Olindamir Claudino  localiza-se à Rua ,R. Guiana, 544 - Jd Nações Fazenda Rio Grande - PR 83823-066ý. Oferece Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano e Ensino Médio. Pertence ao Sistema Estadual de Ensino. O espaço escolar constitui-se em local privilegiado onde, se por um lado se explicitam as contradições e antagonismos, por outro é possível que se constituam e se articulem interesses sociais mais justos, democráticos e solidários.   Por se entender que cabe à escola a função de ensinar e de educar, recai especialmente sobre o professor desempenhar um papel ativo de ordenar, conduzir e mediar o processo educativo.
O professor, com base no cotidiano da escola, pode e deve criar situações pedagógicas para promover as mudanças necessárias. Frente ao alarmante índice de adolescentes dependentes químicos, é imprescindível que a escola instituição priveligiada em multiplicar conceitos atitudinais desenvolva um trabalho de orientação preventiva e reflexiva quanto as consequências prejudiciais decorrentes do uso de drogas.
Desenvolver essa abordagem consolida a educação como forma de intervenção no mundo, formando cidadãos capazes de decidir com autonomia seus destinos. "Ensinar  é uma especificidade humana"(FREIRE, 2007)
Nortear nossos jovens a um caminho que os conduza a uma vida saudável e livre das drogas requer um trabalho focado no comprometimento, com práticas motivadoras embasadas na interdisciplinaridade e transversalidade, a curto e longo prazo.

ASPECTOS TEÓRICOS

Segundo dados do OBID (Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas) o consumo de drogas no Paraná está virando uma epidemia. As drogas estão corroendo famílias em todas as classes sociais e transformando-se em um mecanismo perverso do crime organizado. O mais triste é saber que a maioria dos consumidores é de adolescentes, jovens que estão entregando sua vida em troca de minutos de ilusão, de euforia.
A escola, como ambiente formador deve estar preparada para promover a saúde de forma integral, buscar parcerias para ações integradas de prevenção e envolver a comunidade nesta temática. Isso se dará através desse projeto.

CONTEXTUALIZAÇÃO DA ESCOLA

A escola está inserida numa comunidade com situação sócio-econômica e cultural média onde se constata a necessidade de tanto o pai quanto à mãe trabalharem fora para prover a família em suas necessidades. A escola, por sua vez, insere-se nesse contexto, com a realização de um trabalho participativo, organizado, atuante. A proposta inicial é o desenvolvimento de um trabalho fundamentado no diálogo e na troca de experiências, proporcionando a integração escola-família-comunidade.
A escola tem uma proposta pedagógica que visa o desenvolvimento e a promoção do ser humano. Para tanto, propõe-se a uma análise permanente da realidade, revendo metas e adequando estratégias que possibilitem o alcance de uma escola atualizada, competente, aberta à comunidade, acolhedora, criativa e com espaço para o exercício da cidadania.

2. OBJETIVO GERAL

Promover o conhecimento dos educandos e educadores sobre os riscos do uso das drogas, reconhecendo um conjunto amplo de melhorias possíveis e desejáveis quanto aos danos causados por ela, no organismo, bem como no âmbito psicológico, escolar e social.

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Para os educadores:

   Sensibilizar os professores para a abordagem da questão;
   Ajudar o grupo a repensar sua atitude diante da questão das drogas;
   Conscientizar de que o fumo e a bebida alcoólica constituem drogas perigosas;
   Facilitar a percepção do grupo acerca de mitos e preconceitos na questão das drogas;
Sensibilizar para a participação direta nas atividades de prevenção ao uso indevido de drogas;

Para os educandos:

   Conscientizar sobre os danos físicos e psicológicos das drogas nos indivíduos;
   Incentivar atitudes que levem a uma vida saudável;
   Estimular o planejamento de campanhas contra o uso de drogas;
   Desenvolver a espontaneidade e a auto-estima dos alunos para facilitar a comunicação com os pais;
   Proporcionar momentos de reflexão baseado no diálogo e respeito mutuo;
   Preparar alunos para serem multiplicadores das experiências adquiridas na escola;
   Valorizar o trabalho em equipe respeitando as diferentes formas de expressão;
   Organizar dados a partir das informações apresentadas nas palestras, debates e filmes;
   Desenvolver a arte de dramatizar temas como forma lúdica de abordar o tema drogas;
Aproximar as famílias do processo educativo.

4. METODOLOGIA

¨C Público Alvo

Alunos e professores

¨C Áreas Envolvidas

Língua Portuguesa, Filosofia, Sociologia,  Ciências Biológicas, Geografia, História, Artes e Ensino Religioso, matemática.


Familiares dos alunos, Professores, Psicólogo (palestrante), Equipe Diretiva.
¨C Recursos Humanos

¨C Materiais Necessários

   Retroprojetor
   Microfone
   Aparelho de DVD
   Máquina digital
   CD
   Tinta para impressora
   Computador
   Projetor Multimídia
   Papel, cartolina, tesoura, fita crepe cola, hidrocor.

¨C Atividades Pedagógicas

   Palestras com psicólogos;
   Debates em sala de aula;
   Seminários em sala de aula estimulando debate;
   Cinema ¨C Apresentação de filmes/ documentários que abordem o tema drogas;
   Conversas informais;
   Pesquisa;
   Trabalho em grupo explorando diversos recursos, como cartazes, power point, fotografias, textos;
   Palestras sobre o assunto através das redes sociais de saúde e segurança, buscando a participação da comunidade;
   Criação de slogan para campanha contra o uso de drogas;
Elaboração de dramatizações sobre o tema;

 4.6 ¨C Cronograma:

      | OTUBRO     | NOVEMBRO    | DEZEMBRO     | FEVEREIRO     |
 ATIVIDADE     |   Elaboração do Projeto de Prevenção ao uso de Drogas     |  Apresentação do projeto aos professores  Esquematização das atividades propostas  Apresentação do calendário das atividades propostas      |  Palestra com psicólogos  Pesquisa dados estatísticos do uso de drogas no estado do PR  Exposição dos dados coletados.     |  Criação do slogan da campanha contra drogas   Apresentação de peças teatrais no Dia da Solidariedade     |

5. AVALIAÇÃO

A avaliação deverá acontecer durante todo o processo de realização do projeto, através da observação dos professores baseada em critérios pré-estabelecidos.
Durante o desenvolvimento dos trabalhos é importante que o professor esteja presente para interagir com o processo de trabalho dos alunos, diagnosticando diferenças e conquistas, proporcionando uma análise das etapas do projeto.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto apresentado visa à aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos durante o curso de Prevenção do Uso de Drogas em nossa realidade escolar.
Tendo em vista que a adolescência é um período de profundas transformações físicas, sociais e psicológicas onde ocorre a busca pela identidade e autonomia que possibilitará fazer escolhas próprias ou baseadas em interferências de outros com os quais se relacionam, configura-se como um período de transição bastante complexo.
O grupo de amigos passa a ter bastante importância na vida do jovem, o qual se constitui um espaço de semelhantes, onde se discute o mesmo assunto, enfim, um espaço em que eles se encontram e se entendem. De acordo com os textos utilizados no decorrer deste estudo, a adolescência é uma fase de constantes curiosidades, onde o jovem sente vontade de experimentar coisas novas, de conhecer o mundo. E é nesse desejo por experimentar que ele vai ao encontro das drogas.
A droga aparece como um atrativo para o adolescente que pode estar vivenciando uma relação conflituosa com a família, ou estar sofrendo influência da própria família ou do grupo de amigos. Quando a droga surge, os conflitos sofridos na adolescência se atenuam e são sentidos na família, causando um abalo na estrutura familiar.
A família é a base do jovem, capaz de tolerar os problemas advindos desta situação, pois a existência do uso de drogas pelo jovem promove um desequilíbrio na estrutura familiar, e o acompanhamento, o acolhimento e o trabalho da escola em rede é capaz de trazer de volta este equilíbrio.
Este estudo possibilitou ampliar os nossos conhecimentos relacionados a drogadição, proporcionando uma mobilização em nossa escola entre alunos , professores e equipe diretiva, realizando a unificação do nosso trabalho, de forma que tenhamos a  mesma motivação, o mesmo olhar e fazer acolhedor com a finalidade de promover a saúde  física, psicológica e emocional dos nossos alunos.
Referências bibliográficas

COORDENAÇÃO DE SAÚDE MENTAL. Normas e procedimentos na abordagem do abuso de drogas. Brasília: Ministério da Saúde (Secretaria Nacional de Assistência à Saúde/Departamento de Programas de Saúde), 2011.

mercoledì 2 gennaio 2013

Relastorio de estagio


6a 6b, 6c, 6d

Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 3h na turma da 5ª série do Ensino Fundamental.
Disciplina: Língua Portuguesa

Durante o período de intervenção, o professor trabalhou o “som das palavras”, tentando passar para os alunos a diferença entre fonemas (sons) e letras. A intervenção foi feita ao tirar as dúvidas dos alunos em distinguir dígrafos de encontros consonantais. Interviu-se também na correção de textos para interpretação e fixação de fonética, tirando a maior parte das dúvidas dos alunos.

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LETRAS PORTUGUÊS/INGLÊS

FOLHA DE RELATÓRIO

Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 3h na turma da 6ª série do Ensino Fundamental.
Disciplina: Língua Portuguesa

Foi observado que os alunos da turma são muito agitados, dificultando assim, o trabalho do professor. O regente trabalhou sujeito e predicado usando exemplos criados pelos alunos.  A intervenção foi feita no momento em que os alunos demonstraram dificuldades em reconhecer o verbo na oração. Para ajudar no entendimento, o professor trabalhou com músicas e interpretação de textos, focalizando os verbos existentes nos próprios. Houve intervenção na correção de exercícios elaborados pelo professor.

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FOLHA DE RELATÓRIO

Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 2h na turma da 7ª série do Ensino Fundamental.
Disciplina: Língua Portuguesa

Nesta série existem as muitas dificuldades na Língua Portuguesa, pois começam a aparecer os termos mais complicados e que confundem o entendimento dos alunos. Eles ficaram confusos em distinguirem adjuntos adnominais, verbais e seus complementos. Os verbos também causam problemas, pois a classe não domina a conjugação de todos os tempos verbais, porém, é uma turma esforçada. A intervenção foi realizada em vários momentos de dúvidas tidas pelos alunos, na entrega de textos e correções de atividades.

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FOLHA DE RELATÓRIO

Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 2h na turma da 8ª série do Ensino Fundamental.
 Disciplina: Língua Portuguesa

Por ser uma turma pequena e calma, o professor trabalha com tranqüilidade e sucesso na mesma. Os textos e suas interpretações são a matéria prima, onde o professor aproveita para trabalhar interpretações e a gramática como concordâncias verbais e nominais, períodos simples e compostos, regências verbais e nominais, radicais, prefixos, sufixos entre outros. Houve intervenção no momento da entrega de apostilas, correção de exercícios e principalmente ao tirar dúvidas dos alunos sobre os assuntos abordados em sala de aula.

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FOLHA DE RELATÓRIO

Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 4h na turma do 1º ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Portuguesa e Literaturas do Ensino Médio.

A intervenção foi realizada no período noturno, em uma turma de pessoas com idade entre 20 e 28 anos, talvez por esse motivo, foi notado uma atenção maior dos alunos ao quererem aproveitar o tempo perdido. A matéria estudada foi o Classicismo Português enfocado as características e os principais poetas da época como Luís Vaz de Camões. A classe é participa com perguntas e procuram fazer a interpretação dos textos usados no decorrer da matéria, que foram entregues pela interventora que foi muito procurada pelos alunos para tirar as dúvidas que surgiram durante a explicação do professor. Interviu-se também na passagem de exercícios e correção dos mesmos.

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FOLHA DE RELATÓRIO

Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 3h na turma do 2º ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Portuguesa e Literaturas do Ensino Médio.

Ao explicar “A prosa do Romantismo”, enfocando as obras do autor José de Alencar, o professor provoca uma discussão entre os alunos que geraram muitas dúvidas, onde a interventora ajudou no esclarecimento de algumas. A interventora distribuiu exercícios sobre o livro “Senhora”, no que o professor já havia pedido um resumo da obra.

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FOLHA DE RELATÓRIO

Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 3h na turma do 3º ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Portuguesa e Literaturas do Ensino Médio.

A matéria estudada no período do estágio foi o “Modernismo no Brasil – 2ª fase”, onde os alunos estavam apresentando trabalhos orais sobre os principais poetas do movimento como Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Vinicius de Morais. A intervenção aconteceu ajudando na preparação da sala para a explicação dos mesmos.

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Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 2h na turma da 5º série do Ensino Fundamental.
Disciplina: Língua Inglesa.

Os alunos têm mais interesse por essa matéria do que as outras, pois existe uma curiosidade em aprender uma segunda língua. A professora trabalha muita tradução de palavras soltas e algumas orações simples, pois por ser uma matéria nova eles apresentam algumas dificuldades, onde houve a participação especial da interventora para ajuda-los a entender melhor a disciplina. A intervenção foi realizada também ao ajudar a professora na preparação da sala pra uma técnica, na qual, foi utilizada uma música internacional.

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Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 2h na turma da 6º série do Ensino Fundamental.
Disciplina: Língua Inglesa.

A professora, começa a aula pedindo que os alunos dêem bom dia em inglês, para que eles comecem a praticar a oralidade na língua estrangeira. A interventora ajuda os alunos, ensinando-os a pronúncia de outros termos usados no cumprimento de forma geral. A professora já introduziu o Simple Present na Afirmative Form, onde, os alunos mostram um pouco de dificuldade, porém, têm interesse no aprendizado.  A intervenção é realizada na correção de exercícios e na retirada de dúvidas existentes nos alunos na medida do possível.

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Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 3h na turma da 7º série do Ensino Fundamental.
Disciplina: Língua Inglesa.

Nesta classe, a professora já estava introduzindo o Imperative na “negative” e “afirmative form”.  A interventora ajudou a professora na explicação de uma técnica para a desinibição dos alunos na hora da pronúncia, pois alguns se sentem envergonhados.  Houve ajuda também na entrega de textos e correção de atividades.

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Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 3h na turma da 8º série do Ensino Fundamental.
Disciplina: Língua Inglesa.

Nesta série, estavam sendo trabalhadas as “Questions Tags”, que seria em nossa língua, conclusões de perguntas. Os alunos demonstraram algumas dificuldades e a intervenção serviu para ajudar os alunos no esclarecimento de dúvidas. Foi aplicados também, textos, atividades e músicas com ajuda da interventora para evitar a monotonia na sala de aula.

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FOLHA DE RELATÓRIO

Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 4h na turma do 1º Ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Inglesa.

Nesta turma, os alunos têm entre 15 e 16 anos, onde se mostraram muito agitados e preguiçosos. A professora aplicava os “Adjective – comparative and superlative”, que aparentemente causou dificuldade para os alunos entenderem e resolverem os exercícios, no entanto, eles pediram ajuda a interventora na hora da resolução, que esclareceu algumas dúvidas. Foi trabalhado também textos e músicas, onde os alunos faziam as traduções e apresentavam para seus colegas o resultado de seu trabalho.

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FOLHA DE RELATÓRIO

Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 3h na turma do 2º Ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Inglesa.

Nesta classe, o conteúdo estudado se baseia no “Simple Past” e o “Past Progressive”.  A maior dificuldade entre os alunos é o fato de haver no inglês, verbos chamados de irregulares, e que no passado mudam de forma. O professor trabalha com bastante vocabulário, tradução e músicas. Houve intervenção na distribuição de exercícios, na correção dos próprios e no esclarecimento das dúvidas dos alunos.

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FOLHA DE RELATÓRIO

Modalidade: Intervenção

Aluna: Kênia Bersa Pinheiro
Período: 7º período
Carga horária: 3h na turma do 3º Ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Inglesa.

A professora revisou o “Simple Past” e em seguida introduziu o “Past Perfect”. Para um bom resultado, ela usou textos com verbos no passado em inglês, onde os alunos tiveram que fazer a tradução dos mesmos. Em alguns momentos, os alunos chamaram a interventora, para tirar algumas dúvidas sobre algumas palavras, houve intervenção na correção de exercícios. A professora utilizou muitas músicas internacionais, com a ajuda da interventora, para um melhor aprendizado da pronunciação, assim como para aguçar a participação na aula.

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  |Data        |Atividade                                                                                                                  |início      |término     |total de horas |assinatura do               |
|            |                                                                                                                           |            |            |               |responsável                 |
|18/04       |Familia de palavras(exercicios); atividades de leitura e escrita; leitura de cronicas;                                     |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|19/04       |Poema : O bicho , de Manuel Bandeira , leitura compartilhada e atividades conciliadas; discurso direto e indireto;         |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|25/04       |Ortografia, pontuação, acentuação, grafia e produção de Textos;                                                            |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|26/04       |Texto informativo: O que são aves de rapinas?- ; recurso expressivos;                                                      |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|28/04       |Ampliação do vocalubario; ortografia – expressão , cultura ; leitura de    imagem                                          |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|29/04       |Texto : A paz se constroi a cada instante;  Averbios- correção de exercicios;                                              |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|02/05       |Leitura:  Jogral(texto de J.Gullar); ditado de palavras paroxitonas, oxitonas e proparoxitonas;                            |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|03/05       |Pronomes; emprego dos Por ques;                                                                                            |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|05/05       |Soletramento de palavras que oferecem dúvidas na grafia;                                                                   |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|06/05       |Textos: Nosso silêncio é cúmplice da violência – abordagem do tema ;                                                       |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|09/05       |Artigo instituicional: campanha brasileira do Laço Branco; frase nominal, verbal, oração;                                  |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|12/05       |Produção de textos livres;                                                                                                 |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|13/05       |Exercicios de ortografia; emprego do SC, SÇ e XC;                                                                          |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|16/05       |Prefixos : in; plural dos substantivos; pronomes possessivos; exercicios avaliativos;                                      |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|17/05       |Substantivos: simples , composto, derivados; abstrato, proprio, comum; artigos: indefinidos e definidos;                   |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|19/05       |Exercicios sobre artigos e sbstantivos;                                                                                    |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|20/05       |Substantivos: flexão do gênero, numero e grau; generos uniformes e biformes,                                               |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|            |Plural de substantivos; separação de sílabas;                                                                              |            |            |               |                            |
|23/05       |Texto: Os tres pássaros do rei Herodes; leitura compartilhada e estudo do  texto, inovação de vocabulario;  Texto:         |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|            |Identidade- derivação do termo;                                                                                            |            |            |               |                            |
|24/05       |Texto: Falando com meu pai : atividades e ordem alfabetica;                                                                |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|26/05       |Sinonimos e antonimos; excrita com G, SC e separação de sílabas;                                                           |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|27/05       |Acentos gráficos, regra para as palavras proparoxitonos;                                                                   |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|30/05       |Pontuação nso diálogos; frases;                                                                                            |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|31/05       |Avaliação diagnostica; adjetivos; produção de textos;                                                                      |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|02/06       |Variação da Lingua;                                                                                                        |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|03/06       |texto: O problema educacional de Maria Fernandes e O outro de presente para a senhora de Carlos Drumond de Andrade;        |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|06/06       |Leitura de atividades com poemas, estruturas;                                                                              |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|07/06       |Siginificado das palavras, conotação, denotação: texto: No muro do caminho de Carlos Drumond de Andrade;                   |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|09/06       |Teatro Sesi                                                                                                                |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|09/06       |Correspondencias ; linguagem padrão; familia de palavras (exercicios); classe de palavras(uniao genérica);                 |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|10/06       |Temas diversos, ligação conotativos                                                                                        |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|13/06       |Verbo trazer e querer no pretério perfeito; verbo exigir;                                                                  |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|14/06       |produção de cartas : pessoal, comercial, informal ;                                                                        |19:00       |22:30       |3:30           |                            |
|16/06       |Leitura de textos, atividades diversas ligando o ouvir, refletir e escrever;                                               |19:00       |22:30       |3:30           |         


---------------------Intervenção


 |DATA               |HORAS               |Nº HORAS            |ATIVIDADE                                                        |
|15/09/2004         |7h às 9h            |2h                  |Intervenção na 5ª série do Ensino Fundamental                    |
|                   |                    |                    |                                                                 |
|16/09/2004         |7h às 9h            |2h                  |Intervenção na 6ª série do Ensino Fundamental                    |
|                   |                    |                    |                                                                 |
|17/09/2004         |7h às 10h           |3h                  |Intervenção na 7ª série do Ensino Fundamental                    |
|                   |                    |                    |                                                                 |
|20/09/2004         |7h às 10h           |3h                  |Intervenção na 8ª série do Ensino Fundamental                    |

--------------

|DATA               |HORAS               |Nº HORAS            |ATIVIDADE                                                        |
|21/09/2004         |7h às 9h            |2h                  |Intervenção na 5ª série do Ensino Fundamental                    |
|                   |                    |                    |                                                                 |
|22/09/2004         |7h às 9h            |2h                  |Intervenção na 6ª série do Ensino Fundamental                    |
|                   |                    |                    |                                                                 |
|23/09/2004         |7h às 10h           |3h                  |Intervenção na 7ª série do Ensino Fundamental                    |
|                   |                    |                    |                                                                 |
|24/09/2004         |7h às 10h           |3h                  |Intervenção na 8ª série do Ensino Fundamental                    |
|                   |                    |                    |                                                                 |

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FICHA DE CONTROLE DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO/PESQUISA

Modalidade do Estágio: Intervenção
NOME DO ALUNO: Kênia Bersa Pinheiro
CURSO:  Letras Português/Inglês                            SÉRIE: 7º período
ANO LETIVO: 2004
HABILITAÇÃO: Licenciatura Plena em Língua Portuguesa e Inglesa e suas Respectivas Literaturas.
PROFESSOR RESPONSÁVEL: Disnei Curbani Callegari.
LOCAL ESTÁGIO/PESQUISA: EPG “Nossa Senhora de Lourdes”
ENDEREÇO: Rua Eurico Rezende
TELEFONE: 027 3765 – 1134
DISCIPLINA: Língua Portuguesa e Literaturas do Ensino Médio.

|DATA               |HORAS               |Nº HORAS            |ATIVIDADE                                                        |
|03/09/2004         |18:30h às 22:30h    |4h                  |Intervenção no 1º ano do Ensino Médio                            |
|                   |                    |                    |                                                                 |
|10/09/2004         |18:30h às 21:30h    |3h                  |Intervenção no 2º ano do Ensino Médio                            |
|                   |                    |                    |                                                                 |
|17/09/2004         |18:30h às 21:30h    |3h                  |Intervenção no 3º ano do Ensino Médio                            |
|                   |                    |                    |                                                  

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|DATA               |HORAS               |Nº HORAS            |ATIVIDADE                                                        |
|03/09/2004         |7h às 11h           |4h                  |Intervenção no 1º ano do Ensino Médio                            |
|                   |                    |                    |                                                                 |
|10/09/2004         |7h às 10h           |3h                  |Intervenção no 2º ano do Ensino Médio                            |
|                   |                    |                    |                                                                 |
|27/08/2004         |7h às 10h           |3h                  |Intervenção no 3º ano do Ensino Médio                            |
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lunedì 3 dicembre 2012

Monografia Unip


Alluno: Benedito M Fagundes

RESUMO

O objetivo desta abordagem é investigar de que maneira a Literatura Infanto-juvenil pode influenciar no desenvolvimento da leitura das crianças. A leitura deve fazer parte da rotina dos pequenos , tanto na escola quanto em casa, uma vez que, por meio da literatura infanto-juvenil podemos levar nossas crianças para qualquer lugar, mágico ou real. Assim, é importante que haja projetos de leitura nas escolas para que os professores possam aprofundar o desenvolvimento da leitura na Educação das crianças, visando orientar o trabalho com os alunos, a partir da leitura de clássicos da literatura infantil, fazendo com o que o aluno tenha prazer em ler e consiga transmitir ao outro o que leu. Podemos observar a importância deste projeto de pesquisa por buscar compreender que a Literatura infanto-juvenil, em sua prática, desperta o interesse e a atenção das crianças, desenvolvendo nelas, entre outras coisas, a imaginação, a criatividade, a demonstração das ideias, e o prazer pela leitura e escrita, também cria situações, nas quais as crianças possam interagir em seu processo de construção do conhecimento, possibilitando assim, o seu desenvolvimento da leitura. Dessa forma, o livro deve ser mostrado e aberto com prazer e a alegria, para que o aluno perceba que ler é uma viagem maravilhosa e não apenas mais uma das atividades de escola. A leitura e a escrita são hoje um dos maiores desafios das escolas, visto que quando estimulada de forma criativa, possibilita a redescoberta do prazer de ler, a utilização da escrita em contextos sociais e a inserção da criança no mundo letrado.

Palavras chaves: Literatura; Escola; Criança, biblioteca, professores.













A INFLUÊNCIA DA LITERATURA PARA CRIANÇAS NO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA

I- INTRODUÇÃO
Nos primeiros anos de vida, a criança está em processo de adaptação ao novo mundo, está conhecendo sua família e seu entorno doméstico. O que ela escuta: as conversas, as histórias dos adultos representam algo ainda muito confuso, um pouco sem sentido para percepção infantil.
A criança vive no seu mundo imaginário, onde pode se comunicar com tudo a sua volta, do seu jeito próprio, conversa com seus brinquedos, com os animais e até com seres invisíveis que povoam sua mente fértil. Isto, na maioria das vezes, gera um pouco de preocupação nos adultos, principalmente os pais, que não estão acompanhando ou não estão entendendo o processo de desenvolvimento da criança.
Quando chega a idade adequada para ir à escola, a criança é submetida a um novo ambiente social. Agora ela precisa interagir com outras pessoas, até então, desconhecidas para ela, isto é, os professores, os coleguinhas, as merendeiras, o diretor, isto representa outro sistema hierárquico um pouco diferente do que ele absorvera em casa. Neste contexto a escola precisa desenvolver várias atividades que possibilitem a criança integrar-se consigo mesma e com os outros, fazer com que ela entenda o mundo onde está inserida e cresça como ser humano.
Entre estas atividades, que a escola precisa promover, está o uso da literatura como instrumento de apoio, instrumento facilitador para criança começar sua caminhada no universo escolar, e, dá passos mais definitivos e com significados na sua autoconstrução como indivíduo. Como afirma Costa (2010, p.23) “A Literatura Infantil é literatura e, nesse sentido, é arte e tem sua especificidade no sujeito a que se destina – a criança, e sua respectiva cultura – a infância”. Neste sentido, com a utilização da leitura, da escrita, das narrações das históricas dos contos com gravuras, do uso do teatro de bonecos, de canções e outros modalidades de atividades didáticas na escola, a criança vai se preparando para melhor lidar com a sua vida cotidiana.
Considerando os pontos levantados acima, neste trabalho vamos abordar a importância do papel do professor como indutor na formação de bons leitores e amantes dos livros, bem como o uso das histórias em quadrinhos e literatura de cordel em sala de aula, tornando-os instrumentos para atrair as crianças para leitura, e demonstrando a utilização da biblioteca, este lugar muitas vezes esquecido nas escolas, que pode ser explorado de forma mais frequente por parte dos professores para estimular os alunos à leitura.
A história em quadrinhos é um gênero de literatura, ao mesmo tempo, icônica e verbal, que contém uma arte de narrativa em imagem acessível mesmo a pessoas que não sabem ler. Seu público abrange tanto crianças como adolescentes e adultos de diferentes níveis socioeconômicos e educacionais. Configura um campo iconográfico rico e vasto.
Os quadrinhos abrangem a invenção de uma história, seu tratamento, sua estruturação e sua organização em vinhetas, a invenção dos diálogos, a caracterização física e moral dos personagens e outros fatores que divertem os alunos e mantêm seu interesse ao ponto de trabalharem sozinhos. A história em quadrinhos permite utilizar diversos recursos, como textos, figuras, onomatopéias, sons, imagens, possibilitando ao autor e ao leitor usufruirem desses recursos.
O ato de ler livros de histórias em quadrinhos é algo que está ficando cada vez mais difícil, pelo tempo que se afunila devido nosso dia-a-dia corrido. Porém não podemos esquecer que nossas vidas pertencem há um mundo muito inconstante, muitas vezes é como se vivêssemos em outra dimensão; trabalho, estudo, casa, amigos; tudo requer tempo e disponibilidade para desenvolvermos simples atividades, por esse motivo as histórias de contos de fadas, aventuras, romances entre outros vão perdendo espaço para as revistas, jornais, internet, rádio e televisão que são meios que oferecem as informações mais resumidas e mais rápidas. Porém apesar do mundo que vivemos, não podemos esquecer que nosso mundo foi inteiramente sonhado antes de ter existido, muitas de nossas tecnologias surgiram de sonhos que se transformaram em ideias e finalmente se tornaram realidade, portanto contar uma história é resgatar o próprio destino: descobrir a que sonho pertencemos e encontrar caminhos para a própria vida.
Espera-se a partir desse estudo que as HQs sejam utilizadas como uma ferramenta que venha a auxiliar no processo de ensino- aprendizagem. Sobretudo que docentes e discentes possam envolver-se através de HQ s direcionadas a aulas temáticas e, que através destas novas concepções e visões de mundo possam ser postas em pauta. E que juntos professores, alunos, coordenadores, diretores e pais possam participar dessa importante ferramenta que visa uma metodologia diferente, porém sem fugir à realidade do que se espera: uma educação de qualidade em consonância com as facilidades da modernidade e um aprimoramento da interpretação textual e visual dos alunos.
A literatura de Cordel, no decorrer dos séculos, tem se tornado, no Brasil e para o mundo, um patrimônio cultural do povo. Pois é uma arte que valoriza as raízes regionais e popularizou-se conduzindo a tradição, geralmente em versos apresentados oralmente. Veio da Europa com os colonizadores no século XVII. Esta arte nada mais é do que livretos escritos em verso com rimas em papel simples, que aborda temas reais como: política, corrupção, problemas sociais, valores, costumes e outros. Era vendido na feira pendurado em cordel, daí porque tem esta nomenclatura: Literatura de Cordel. Os brasileiros herdaram e transformaram em linguagem popular e criaram novas modalidades, regras, técnicas e estilo.
O uso do folheto de cordel na prática pedagógica possibilita a exploração da leitura lúdica, aborda diferentes disciplinas e por ser interdisciplinar, como também ele dá abertura para os professores das demais áreas do ensino regular.
O cordel tornou-se um patrimônio histórico cultural do povo nordestino e porque não dizer do povo brasileiro, e que ele transmite conhecimento seja na escola ou fora dela. Não se pode pensar em educação nos dias atuais sem a presença deste recurso paradidático novo na escola, porém antigo na forma oral e escrita. Se a literatura de cordel é interdisciplinar, cabe a escola aderir e incentivar professor e aluno, explorar os diversos temas e assuntos que nele contém.
Percebe-se que esta cultura secular pode servir de suporte para incrementar aulas, principalmente na aquisição da leitura e de outros conhecimentos interessantes. Um dos pontos relevantes da literatura de cordel na escola é a valorização da cultura regional. Este recurso proporcionará temas de aulas e dinâmicas, viagens, descobertas, ciências, migração, fenômenos naturais e temas atuais.
Faz-se necessário que o cordel seja utilizado em sala de aula, de forma a atender as diferentes modalidades de ensino, buscando a temática a ser trabalhada. O professor será sempre o mediador entre o cordel e o aluno. O docente será sempre o incentivador da cultura.
Para se formar bons estudantes é preciso torná-los autodidatas, e para isso, gostar da leitura e dos livros é pré-requisito básico, sem isso o aluno não vai conseguir avançar na vida acadêmica, e este processo é facilitado se foi iniciado desde cedo com os professores da educação, ensino fundamental.














CAPITULO I

    1. NOÇÕES GERAIS DE LEITURA: SURGIMENTO NA EUROPA E NO BRASIL

A história da literatura tenta compreender as transformações que a produção literária passou ao longo do tempo na evolução da sociedade. Se estudamos a história ou origem da literatura deparamos com estilos literários de época. GLÓRIA (2002 p 05- grifos do autor).
Os critérios usados para dividir os estilos de época varia muito. Às vezes, o autor publica uma obra revolucionária que acaba se tornando o marco inicial de um determinada época, outras vezes um fato histórico influencia uma infinidade de obras que darão origem a um movimento literário. É necessário ressaltar que as datas estabelecidas para um determinado período não são rigorosas, são apenas recursos didáticos usados para facilitar o estudo, já que é quase impossível estabelecer precisamente quando iniciou ou terminou um período.
É bom lembramos que um estilo de época não “morre” por completo e que a passagem de um estilo para outro não é tão rápida assim. Muitos apontamentos adotadas em um período podem ser aproveitadas por outros estilos literários que fazem uma releitura ou uma reinterpretação de textos escritos.
A Literatura tenta influência nela mesma para sempre ter a possibilidade de abrir novos caminhos e novas ideias. É por esta razão que o entendimento correto sobre cada estilo é tão importante, pois através dessa compreensão temos uma visão geral da Literatura e da sociedade que a produziu
Segundo ALBINO (2012) “Tendo surgido como reflexo de algumas transformações sociais, a literatura infantil, desde sua origem, instiga uma reflexão que procura definir seu estatuto no contexto das artes em geral.” Esta preocupação tem à especificidade do gênero que, destoando de outras formas de manifestação artística, nasce com uma destinação precisa, definida pelo adjetivo que o caracteriza. Pensando deste modo, observamos em seu cerne uma luta entre o conceito de literatura enquanto construção lingüística que se define por autonomia. A compreensão e resolução desse impasse, fator determinante para aqueles que têm o gênero como objeto de trabalho, começa a se esboçar com traços mais nítidos quando nos situamos na origem do problema: o surgimento, na Europa, de textos destinados ao público jovem.
Agregados à acontecimentos de fundo econômico e social, a origem da literatura para crianças ocorre no século XVIII, período em que a Revolução Industrial é deflagrada. Determinando o crescimento político e financeiro das cidades, a industrialização tem como reflexo direto a decadência do sistema medieval, baseado no feudalismo e na valorização do poder rural. Em substituição aos grandes senhores feudais, a burguesia se afirma como classe social urbana, incentivando a consolidação de instituições que a ajudem a atingir as metas desejadas. Entre essas instituições, destacam-se a família e a escola.
Interessado em fraturar a unidade do poder dos feudos, o Estado Absolutista passa a estimular um modo de vida mais doméstico e menos participativo publicamente, criando para tanto um determinado estereótipo familiar, baseado na organização patriarcal e no modelo de família nuclear. (ALBINO, Lia, 2012 P 02 ).

Tal estereótipo representa o sustentáculo dessa nova forma de governo, para legitimá-lo foi necessário promover a criança, maior beneficiário dessa estrutura. Se até o século XVII ela era vista como um adulto em miniatura, a partir do século XVIII adquire um novo status, determinando a valorização dos laços de afetividade e não mais de parentesco e herança conforme previa o sistema medieval.
A criança passa a ser alvo de valorização e de proteção, sendo separada da hostilidade do mundo adulto ao qual tinha antes livre acesso. Esse protecionismo redunda em isolamento, tornando necessário o surgimento de instituições que preservem o lugar do jovem na sociedade e sirvam de mediação entre a criança e o mundo. É, nesse contexto, que surge a escola.
Para ALBINO, uma sociedade em que o processo de modernização é flagrante em virtude da industrialização, cabe à escola adequar o jovem a esse novo quadro social. Isso é feito primordialmente por meio da alfabetização, habilitando a criança ao consumo das obras impressas que se proliferam no século XVIII como reflexo desse processo: aperfeiçoamento da tipografia e expansão da produção de livros. Alfabetizados, os jovens passam a necessitar de material adequado que supra essa nova habilidade adquirida, determinando o início dos laços entre a literatura e a escola.
O livro é um produto da industrialização e esta sujeito às leis do mercado. Passa a promover e a estimular a escola, como condição de viabilizar sua própria circulação e consumo. Nesse sentido, sua criação, visando a um mercado específico cujas características precisa respeitar e motivar, adota posturas, por vezes, nitidamente pedagógicas e endossa valores burgueses a fim de assegurar sua utilidade. Surge, nesse momento, o grande impasse que acompanhará todo o percurso de evolução do gênero: arte literária ou produto pedagógico-comercial?
De um lado, tantas concessões interferem na qualidade artística dos textos; de outro, denunciam que, sem concessões de qualquer grau, a literatura não subsiste como ofício, ou seja, sem abrir espaço para a mediação do leitor no seu processo de elaboração, a literatura não se socializa. É na tentativa de resolver essa problemática que a literatura infanto-juvenil e seu estudo vão ganhando relevância.
Embora a literatura infantil tenha surgido no século XVIII, foi somente no século XIX que, relativizando, ainda que de maneira incipiente, o flagrante pacto com as instituições envolvidas com a educação da criança, ela define com maior segurança os tipos de livros que mais agradam aos pequenos leitores, determinando suas principais linhas de ação: histórias fantásticas, de aventuras e que retratem o cotidiano infantil. Descoberto e valorizado esse interesse, o gênero ganha consistência e um perfil definido por meio do trabalho dos autores da segunda metade do século XIX, garantindo sua continuidade e atração. (ALBINO, Lia, Lia, 2012 P 03).

Embora os livros para crianças comecem a ser publicados no Brasil em 1808 com a implantação da Imprensa Régia, a literatura infantil brasileira nasce apenas no final do século XIX. Mesmo nesse momento, a circulação de livros infantis no país é precária e irregular, representada principalmente por edições portuguesas que só aos poucos passam a coexistir com as tentativas pioneiras e esporádicas de traduções nacionais. Enquanto sistema (de textos e autores postos em circulação junto ao público), a literatura destinada ao jovem público brasileiro se consolida somente nos arredores da Proclamação da República.
No final do século XIX, vários elementos convergem para formar a imagem do Brasil como um país em processo de modernização, entre os quais se destacam a extinção do trabalho escravo, o crescimento e a diversificação da população urbana e a incorporação progressiva de levas de imigrantes à paisagem da cidade. Visto que essas massas urbanas começam a configurar a existência de um virtual público consumidor de produtos culturais, o saber obtido por meio da leitura passa a deter grande importância no emergente modelo social que se impõe, fazendo com que a escola exerça um papel fundamental para a transformação de uma sociedade rural em urbana.
Para ALBINO, os livros infantis e escolares são de dois gêneros, que saem fortalecidos das várias campanhas de alfabetização deflagradas e lideradas, nessa época, por intelectuais, políticos e educadores, abrindo espaço, nas letras brasileiras, para um tipo de produção didática e literária dirigida especificamente ao público infantil.
Começa a despontar a preocupação generalizada com a carência de material de leitura adequado às crianças do país as quais contavam apenas com adaptações e traduções dos clássicos infantis europeus que, muitas vezes, circulavam em edições portuguesas cujo código lingüístico se distanciava bastante da língua materna dos leitores brasileiros. Em função da necessidade do abrasileiramento dos textos, aumentando sua penetração junto às crianças, o início da literatura infantil brasileira fica marcado pelo transplante de temas e textos europeus adaptados à linguagem brasileira. (ALBINO, Lia Lia, 2012 P 02).

A escola é um ambiente privilegiado para a difusão desses textos, na medida em que nela se encontram os leitores-consumidores visados pelo projeto de alfabetização, a disponibilidade do mercado para o consumo por ela evidenciada justifica a repetição de fórmulas e a ênfase na missão formadora e patriótica dessa literatura para crianças. A literatura lança mão, para a arregimentação de seu público, do culto cívico e do patriotismo como pretexto legitimador, conceitos que se manifestam por meio da exaltação da natureza, da grandeza nacional, dos vultos e episódios históricos e do culto à língua pátria.
Nesse sentido, se por um lado a preocupação com o destinatário infantil motivou a adaptação que fez esses textos afastarem-se dos padrões europeus; por outro, o compromisso escolar e ideologicamente conservador atribuiu a essa literatura a função de modelo.


    1. O PAPEL DO PROFESSOR DAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NA FORMAÇÃO DE LEITORES EFETIVOS
A mediação está presente quando o professor faz perguntas, dá devoluções os alunos sobre suas colocações e produções, problematiza o conteúdo com o objetivo de colocar o pensamento do aluno em movimento e, também, quando estimula os alunos a dialogarem entre si sobre suas atividades. Nadal e Papi (2007, p. 21)

De todos os agentes da escola, o professor é sem dúvida, quem mais tem o poder de transformar, de influenciar as crianças. Ele faz o contato direto e constante com os alunos. A sua presença, a sua interferência tem o potencial de produzir novos e bons leitores, novos pesquisadores, novos amantes dos estudos. Este processo se inicia nos primeiros anos de escola. O professor das séries iniciais precisa ser reconhecido e também se reconhecer como peça de fundamental importância no sistema de formação de amantes do saber.
A literatura no ensino fundamental pode e deve ser aliada do professor no processo de conduzir a criança de forma segura na jornada escolar, para isso, é essencial ele, o professor, ler pesquisar e conhecer as obras e os bons autores de literatura para crianças, interagir com os outros professores, e sempre buscar adequar os conteúdos encontrados nas obras literárias a sua realidade local e a de seus alunos. Com este cabedal de conhecimentos o docente terá efetivas condições de despertar o interesse dos alunos pela leitura. Segundo Costa (2010, p.158): “A relação entre literatura e escola deve ser intrínseca e explorada pelo professor na sua prática pedagógica. Explorá-la sem limites”.
E para ser bem sucedido nesta tarefa de despertar as consciências das crianças para leitura, o professor precisa ter desenvolvido sua capacidade técnica de manipular os recursos que estão ao seu alcance e ter disponibilizado um ambiente adequado na escola, para que possa aplicar as dinâmicas, que preparou visando à integração dos alunos com a leitura.
No uso da literatura para crianças em sala de aula, o professor deve se apresentar como elemento ativo e agente promotor de mudanças. Em uma narração de uma história, por exemplo, há momentos mágicos onde todos podem estar aprendendo, os alunos e o professor. Lições de bondade, de beleza, de justiça podem ser passadas de forma leve e divertida através do conto. Estes momentos de prazer certamente vão permanecer na memória de cada participante.
Segundo Freire (1999, p.80): “Ensinar exige alegria e esperança. [...] A esperança de que o professor e os alunos juntos podemos aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos igualmente resistir aos obstáculos à nossa alegria”. A literatura promove isso, através dos contos é possível viajar, refletir, sonhar, perceber seus problemas através dos problemas dos personagens, e descobrir soluções para esses problemas. Se o professor se dispõe utilizar estes recursos de forma coerente e com bom- senso, certamente despertará o interesse de seus alunos pela leitura.


1.2. A BIBLIOTECA, UM ESPAÇO DE LEITURA, INTERAÇÃO E DESCOBERTA

As bibliotecas das escolas podem ser um espaço mais atraente para as crianças e adolescentes. Portanto devem ser mais divulgadas e incentivadas pelos professores para serem visitadas pelos alunos.
“Eu”, por exemplo, não me lembro ter ido a uma biblioteca na escola quando era estudante nos primeiros anos escolares, nem também depois, nunca ouvi de um professor, em mais de 14 anos de escola, um convite ou incentivo para ir à biblioteca, mas mesmo hoje, noto ainda certo abandono das bibliotecas das escolas, não no sentido de cuidado, elas na grande maioria das vezes estão arrumadas, os livros na estante estão organizados por assunto, em muitos casos tem até uma bibliotecária, mas falo no sentido de serem muito pouco visitadas.
A biblioteca, este ambiente especial da escola, merece receber um olhar diferenciado dos profissionais da educação. Os livros são a principal fonte, onde os professores e alunos buscam o conhecimento, e o local na escola reservado para eles ficarem, precisa ser visitado com mais frequência. Para isso, tornar a biblioteca um local atraente para os alunos de todas as faixas etárias é o grande desafio de professores, pedagogos, bibliotecários e diretores das escolas.
Existem vários projetos bem elaborados visando exatamente isto, apresentar a biblioteca como um ambiente atraente, onde se pode ler, aprender de forma lúdica e obter o conhecimento. As implementações destes projetos, evidentemente, devem começar desde as séries escolares iniciais, para poder ir formando um hábito nas crianças.
Nesta pesquisa, um destes projetos atraiu minha atenção, porque exatamente desfaz aquela ideia de biblioteca como um lugar fixo, austero, de apenas silêncio e introspecção, é o Projeto Biblioteca Para Primeira Infância, desenvolvido pelo Instituto Brasil Leitor, consultado via internet em 15/09/2012, que apresenta uma biblioteca versátil, que pode ser montada numa sala de aula, numa enfermaria de um hospital para crianças ou num espaço público, onde estiverem crianças. Os móveis, os livros, os brinquedos, tudo foi pensado para criar um ambiente de interação, aprendizado e prazer para as crianças. Este projeto, como tantos outros bem elaborados, pode servir como exemplo inspirador para todos os educadores.

    1. A CRIANÇA E O LIVRO
O desenvolvimento de interesses e hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar, aperfeiçoa-se sistematicamente na escola e continua pela vida afora.” Bamberger


Segundo Sandroni e Machado (1998, p.12) “a criança percebe desde muito cedo, que livro é uma coisa boa, que dá prazer”. O contato da criança com o livro pode acontecer muito antes do que os adultos imaginam. Muitos pais acreditam que a criança que não sabe ler não se interessa por livros, portanto, não precisa ter contato com eles. O que se percebe é bem ao contrário.
As crianças interessam-se pelas cores, formas e figuras que os livros possuem e que mais tarde, darão significados a elas, identificando-as e nomeando-as. É importante que o livro seja tocado pela criança, folheado, de forma que tenha um contato mais íntimo com o objeto do seu interesse. A partir daí, ela começa a gostar dos livros, percebe que eles fazem parte de um mundo fascinante, onde a fantasia apresenta-se por meio de palavras e desenhos. De acordo com Sandroni e Machado (1998, p.16) “o amor pelos livros não é coisa que apareça de repente”. É preciso ajudar a criança a descobrir o que eles podem oferecer. Assim, pais e professores têm um papel fundamental nesta descoberta: serem estimuladores e incentivadores da leitura.



1.4. LINGUAGEM E LEITURA

A aprendizagem do ser humano inicia-se a partir do momento em que nasce. Nos primeiros contactos com o ambiente que o rodeia, com a mãe, com o meio familiar e, mais tarde, com o ambiente escolar e social, estabelece-se uma inter-relação que se vai aprofundando e modificando, de acordo com o próprio desenvolvimento. Nessa inter- relação actua a criança e o adulto, que “ensina”.
Em todo o processo de desenvolvimento da criança, a linguagem é muito importante, uma vez que vai ser o suporte de todas as aprendizagens e aquisições. Daí a criança ser capaz de comunicar, recorrendo a todo o tipo de linguagem oral, escrita, corporal e gestual.
A criança adquire a linguagem de forma natural e espontânea, basta que seja exposta à língua da comunidade a que pertence, isto é, que ouça falar à sua volta e que falem. A linguagem adquire-se e desenvolve-se através do uso, do ouvir falar falando. Esta aquisição processa-se em várias fases e é condicionada por diversas influências, pelo que nem todas as crianças do mesmo nível etário apresentam o mesmo grau de desenvolvimento linguístico.
À medida que são vencidas as várias fases, a linguagem vai progredindo. Mas esta evolução necessita da intervenção do adulto, quer seja da família ou do professor. As alterações da linguagem podem surgir em qualquer umas das etapas e podem ser devidas a deficiências congénitas, mas também a factores de ordem sócio-cultural e sócio - económico do meio de onde provêm os alunos.
Algumas crianças apresentam dificuldades no início da vida escolar que manifestam-se nas matérias fundamentais, a leitura e a escrita, tendo como consequência dificuldades noutras áreas de aprendizagem traduzindo-se em fraco rendimento escolar. É ao iniciar a sua escolaridade (Ensino Básico) que se manifestam essas dificuldades na aprendizagem, dado que é no 2º e 3º anos do Ensino Básico que criança deve aprender a ler e a escrever, tarefa escolar que poderá transformar-se numa verdadeira angústia e numa enorme dificuldade caso não tenham sido adquiridos certos requisitos.
Tais dificuldades poderão levar a criança a rejeitar as aulas, a perturbar o ambiente da sala de aula, a recusar realizar as tarefas, falta de estímulo para estar na sala de aula, podendo mesmo conduzir ao desenvolvimento de uma personalidade conflituosa.
“Para que os alunos que chegam à escola, com uma variedade de origem diferente, alcancem o nível de mestria necessário no Português padrão, não pode esquecer-se que a simples exposição ao modelo fornecido pelo professor e por outros colegas não é suficiente, havendo que promover, na sala de aula, estratégias de ensino diferenciadas, direcionadas para este propósito específico.”
O processo é simples e natural, mas exclui por completo o imobilismo. Para o professor consiste em ter ao mesmo tempo, e em interação permanente, dois cuidados: o de conhecer sempre melhor os “recursos” do aluno e o descobrir, sem cessar novos itinerários para os seus saberes.
A atividade em conjunto, professor – aluno é uma forma de conseguir uma aprendizagem significativa para a criança, pois parte das necessidades do ator principal do processo pedagógico, que é a criança. Neste processo, a responsabilidade e a autonomia dos alunos são essenciais dado que eles são membros ativos da sua aprendizagem.
A individualidade da linguagem enquanto espécie e constrói-nos como sujeitos na medida em que nos permite conhecer, pensar, agir argumentar, sentir, abrindo-nos as portas do conhecimento.


CAPITULO II
2.0 A IMPORTÂNCIA DO USO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E A LITERATURA DE CORDEL NA ESCOLA PARA PROMOVER NA CRIANÇA O PRAZER DE LER

Considera-se como marco inicial das histórias em quadrinhos, o início de nossa civilização, onde esta forma de expressão era utilizada pelo homem pré-histórico, em suas pinturas feitas nas paredes, representando imagens com diversos significados. Ao longo da história surgiram muitos materiais que se utilizavam da imagem para transmitir informações, essa linguagem criada pelos homens das cavernas, hoje é chamada de quadrinhos, que acabou se tornando grande veículo de comunicação popular em todo o mundo.
As histórias em quadrinhos surgem com um objetivo: o de criticar a sociedade, diante de tanta pobreza. Sendo assim, o primeiro quadrinho nasce em 1894, com o personagem americano Yellow Kid, o garoto amarelo, que retratava a história de um menino pobre da favela, do qual usava um camisolão amarelo, e nele apareciam os textos escritos. Durante muito tempo, a produção de histórias em quadrinhos se limitou à publicação de quadrinhos estrangeiros, principalmente americanos que apresentavam personagens heróicos e fascinantes.
Aqui, no Brasil, o seu início não foi muito diferente, utilizavam-se charges com desenhos, dos quais eram impressos e distribuídos pelas praças, como o intuito de ironizar e resistir aos desmandos do poder. O Brasil se tornou um dos pioneiros na criação moderna dos quadrinhos, numa definição bastante simples, são formados por: imagem e linguagem escrita.
Nossa primeira revista dedicada às crianças chamou-se Tico-Tico e surgiu em 1905. Essa revista continha poucas páginas com quadrinhos, o restante eram curiosidades, fábulas e informações diversas. Com o tempo a revista foi ganhando prestígio, o que influenciou o surgimento de novas revistas. Nas décadas de 20, 30 e 40, os quadrinhos viraram febre. A partir de 1960, os quadrinhos nacionais garantiram excelentes artistas e personagens consagrados. Ziraldo criou o Pererê e o Menino Maluquinho; Maurício de Souza criou Bidu e, mais tarde, as personagens Mônica, Cebolinha, Cascão e Chico Bento. Nos dias de hoje, é fato, as histórias em quadrinho continuam fazendo sucesso entre a garotada. Isso significa que elas vieram para ficar.
Já a literatura de Cordel no decorrer dos séculos tem se tornado no Brasil e para o mundo um patrimônio cultural do povo. Pois é uma arte que valoriza as raízes regionais e popularizou-se conduzindo a tradição, geralmente em versos apresentados oralmente.
Veio da Europa com os colonizadores no século XVII, e esta arte nada mais é do que livretos escritos em verso com rimas em papel simples, que aborda temas reais como: política, corrupção, problemas sociais, valores, costumes e outros. Era vendido na feira pendurado em cordel, daí porque tem esta nomenclatura: Literatura de Cordel. Os brasileiros herdaram e transformaram em linguagem popular e criaram novas modalidades, regras, técnicas e estilo.
Assim sendo, o presente trabalho tem por finalidade incentivar o uso da literatura de cordel na sala de aula. Será possível esse recurso paradidático na escola? O que estudar com ele? Será viável?
O uso do folheto de cordel na prática pedagógica possibilita a exploração da leitura lúdica, aborda diferentes disciplinas e por ser interdisciplinar, como também ele dá abertura para os professores das demais áreas do ensino regular.
Faz-se necessário que o cordel seja utilizado em sala de aula, se forma a atender as diferentes modalidades de ensino, buscando a temática a ser trabalhada. O professor será sempre o mediador entre o cordel e o aluno. Ele será sempre o incentivador da cultura.
Enfocaremos neste trabalho a historicidade do cordel, no Brasil e no mundo, seus conceitos, a exploração como recurso didático, a interdisciplinaridade por natureza no cordel e as contribuições da oralidade do cordel para a aprendizagem.

2.1. HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

As histórias em quadrinhos foram, por muito tempo, consideradas como coisa para criança. Mas na escola havia uma grande resistência no seu uso como objeto de leitura para criança, só a bem pouco tempo, alguns professores mais modernos, de forma ainda muito tímida, começaram a se utilizar das histórias em quadrinhos como objeto de leitura na sala de aula. Isso porque houve uma mudança de percepção, por parte do meio acadêmico, em relação às histórias em quadrinhos.
De repente, as histórias em quadrinhos, tidas como uma subliteratura prejudicial ao desenvolvimento intelectual das crianças, passam a despertar interesse nos meios cultos e serem analisadas com seriedade pelos estudiosos, como uma nova forma de manifestação artística e cultural. (ALVES, 1996, p. 2)
Para atrair as crianças para leitura o professor tem a sua frente um grande desafio, porque há concorrência por todos os lados, principalmente nos dias atuais, com tantas opções de distração, como é o caso da televisão, dos jogos eletrônicos, dos celulares repletos de recursos audiovisuais, dos computadores. A batalha não é simples para conduzir as crianças, fazê-las sentar e ler um livro com prazer. As histórias em quadrinhos, neste sentido, pode ser uma opção muito atraente para as crianças, porque combina vários fatores como afirma Alves (1996, p. 5) referindo-se aos quadrinhos:
O sucesso das histórias em quadrinhos baseia-se na forma de leitura que, sem forçar a mente a complicadas formulações, e sem exigir atualização no campo da teoria literária, ainda diverte. Crianças (até as não alfabetizadas), adultos, professores, sociólogos, psicólogos, interessam-se por este meio de expressão, seja como “inocentes” leitores (principalmente no caso das crianças), ou interrogando-se sobre a importância das histórias em quadrinhos.

2.1.1. HISTÓRIAS EM QUADRINHOS, UM ALIADO NO INCENTIVO A LEITURA.

Hoje em dia é frequente observar o desinteresse das crianças pela leitura, isso talvez ocorra devido às facilidades do mundo virtual e dos encantos televisivos, assim a leitura uma prática milenar e fantástica, foi relegada a segundo plano. Baseados nesta realidade a nossa preocupação esta em desenvolver o interesse a leitura, através das Histórias em Quadrinhos, muitos professores já utilizam os quadrinhos como mecanismo eficaz para o ensino e as necessidades de aprendizagem, segundo Sobanski (2009 p.46 a 51) estes oferecem subsídios importantes para tal, como:

✓ Incentivam o gosto pela leitura, pois os quadrinhos são considerados pelos alunos, um tipo de texto divertido e prazeroso.
✓ Influenciam diretamente na memorização, desenvolvendo conexões ligadas à escrita a leitura e ao pensamento.
✓ A composição em geral dos quadrinhos, cores, imagens, pontuação, facilitam a interpretação e ao desenvolvimento do raciocínio lógico.
✓ Contribuem para que a criança adquira o hábito à leitura, tornando-a mais criativa.
✓ De forma lúdica, motivam e estimulam a criança a desenvolver suas habilidades.
✓ Os quadrinhos aproximam o leitor ao mundo imaginário.

De acordo com Ferraz e Fusari (1993), as histórias em quadrinhos, além de ser uma linguagem artística e de comunicação social, despertam no público infantil e jovem grande interesse devido as suas diversas possibilidades interativas e imaginativas.
No mundo atual, podemos observar crianças com os mais diversos temperamentos: carinhosos, bons, outros nem tanto, carentes, nervozinhos, entre tantas outras características. O professor, ao entrar em sala de aula, já encontra essa mistura de gêneros, mas como ensinar o hábito da leitura a alunos com tantas diferenças? Todo ser humano possui o seu modo de pensar e agir, portanto, cabe ao professor de maneira criativa, encontrar a melhor solução e despertar o interesse dos alunos, para o processo de ensino-aprendizagem, por isso, as Histórias em Quadrinhos são ótimas alternativas neste processo.
Embora algumas pessoas acreditem que elas desestimulam a leitura, tornando as crianças “preguiçosas” afetando diretamente a criatividade, uma vez que estas já trazem cenas prontas, consequentemente interferindo na imaginação, logo, estudos do pesquisador Oliveira (2006, p.22), comprovam o oposto, desfazendo este equívoco.
Quanto aos quadrinhos interferirem na imaginação, os desenhos, os personagens e o cenário só adquirem movimento, através da própria imaginação do leitor. O que comprova que as HQs não são má influencia; pelo contrário, elas estimulam o mundo imaginário do aluno, desde que o professor tome alguns cuidados. Antes de fazer uso desses recursos em sala de aula, o educador necessita primeiramente dominar o assunto, conhecer profundamente suas possibilidades de ensino e utilizá-las de forma criativa, para que não haja futuras dificuldades.
Dominando o assunto e usando os quadrinhos de maneira adequada e correta, este meio de comunicação, adorado pela maioria das crianças, pode ser utilizado como incentivo a leitura, pois as histórias são de fácil compreensão, possuem ações rápidas, com ilustrações que chamam a atenção. Além disso, as crianças gostam de atividades, que despertem a criatividade, consequentemente influenciando no hábito e gosto pela leitura.
Adquirir o hábito da leitura é um bem que a pessoa faz a si próprio, pois ler nos faz viajar sem ao menos sairmos do lugar, nos permite obter novas culturas, conhecer novos horizontes em relação ao mundo, faz com que você enriqueça seu vocabulário, proporciona conhecer pessoas e a nós mesmos, ela nos permite expandir nossos conhecimentos. Quem lê aprende a escrever e a interpretar melhor, nos tornamos pessoas muito mais criativas e mais preparadas para enfrentarmos a realidade do mundo.

2.1.2.TIRINHAS DE MAFALDA
Temos a consagrada produção de Quino, Argentina, publicadas no Brasil. As tirinhas de Mafalda são uma referência a problemas atuais e são exploradas na composição de questões de vestibular, nas universidades brasileiras – as charges também servem frequentemente a este propósito.