lunedì 3 dicembre 2012

Monografia Unip


Alluno: Benedito M Fagundes

RESUMO

O objetivo desta abordagem é investigar de que maneira a Literatura Infanto-juvenil pode influenciar no desenvolvimento da leitura das crianças. A leitura deve fazer parte da rotina dos pequenos , tanto na escola quanto em casa, uma vez que, por meio da literatura infanto-juvenil podemos levar nossas crianças para qualquer lugar, mágico ou real. Assim, é importante que haja projetos de leitura nas escolas para que os professores possam aprofundar o desenvolvimento da leitura na Educação das crianças, visando orientar o trabalho com os alunos, a partir da leitura de clássicos da literatura infantil, fazendo com o que o aluno tenha prazer em ler e consiga transmitir ao outro o que leu. Podemos observar a importância deste projeto de pesquisa por buscar compreender que a Literatura infanto-juvenil, em sua prática, desperta o interesse e a atenção das crianças, desenvolvendo nelas, entre outras coisas, a imaginação, a criatividade, a demonstração das ideias, e o prazer pela leitura e escrita, também cria situações, nas quais as crianças possam interagir em seu processo de construção do conhecimento, possibilitando assim, o seu desenvolvimento da leitura. Dessa forma, o livro deve ser mostrado e aberto com prazer e a alegria, para que o aluno perceba que ler é uma viagem maravilhosa e não apenas mais uma das atividades de escola. A leitura e a escrita são hoje um dos maiores desafios das escolas, visto que quando estimulada de forma criativa, possibilita a redescoberta do prazer de ler, a utilização da escrita em contextos sociais e a inserção da criança no mundo letrado.

Palavras chaves: Literatura; Escola; Criança, biblioteca, professores.













A INFLUÊNCIA DA LITERATURA PARA CRIANÇAS NO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA

I- INTRODUÇÃO
Nos primeiros anos de vida, a criança está em processo de adaptação ao novo mundo, está conhecendo sua família e seu entorno doméstico. O que ela escuta: as conversas, as histórias dos adultos representam algo ainda muito confuso, um pouco sem sentido para percepção infantil.
A criança vive no seu mundo imaginário, onde pode se comunicar com tudo a sua volta, do seu jeito próprio, conversa com seus brinquedos, com os animais e até com seres invisíveis que povoam sua mente fértil. Isto, na maioria das vezes, gera um pouco de preocupação nos adultos, principalmente os pais, que não estão acompanhando ou não estão entendendo o processo de desenvolvimento da criança.
Quando chega a idade adequada para ir à escola, a criança é submetida a um novo ambiente social. Agora ela precisa interagir com outras pessoas, até então, desconhecidas para ela, isto é, os professores, os coleguinhas, as merendeiras, o diretor, isto representa outro sistema hierárquico um pouco diferente do que ele absorvera em casa. Neste contexto a escola precisa desenvolver várias atividades que possibilitem a criança integrar-se consigo mesma e com os outros, fazer com que ela entenda o mundo onde está inserida e cresça como ser humano.
Entre estas atividades, que a escola precisa promover, está o uso da literatura como instrumento de apoio, instrumento facilitador para criança começar sua caminhada no universo escolar, e, dá passos mais definitivos e com significados na sua autoconstrução como indivíduo. Como afirma Costa (2010, p.23) “A Literatura Infantil é literatura e, nesse sentido, é arte e tem sua especificidade no sujeito a que se destina – a criança, e sua respectiva cultura – a infância”. Neste sentido, com a utilização da leitura, da escrita, das narrações das históricas dos contos com gravuras, do uso do teatro de bonecos, de canções e outros modalidades de atividades didáticas na escola, a criança vai se preparando para melhor lidar com a sua vida cotidiana.
Considerando os pontos levantados acima, neste trabalho vamos abordar a importância do papel do professor como indutor na formação de bons leitores e amantes dos livros, bem como o uso das histórias em quadrinhos e literatura de cordel em sala de aula, tornando-os instrumentos para atrair as crianças para leitura, e demonstrando a utilização da biblioteca, este lugar muitas vezes esquecido nas escolas, que pode ser explorado de forma mais frequente por parte dos professores para estimular os alunos à leitura.
A história em quadrinhos é um gênero de literatura, ao mesmo tempo, icônica e verbal, que contém uma arte de narrativa em imagem acessível mesmo a pessoas que não sabem ler. Seu público abrange tanto crianças como adolescentes e adultos de diferentes níveis socioeconômicos e educacionais. Configura um campo iconográfico rico e vasto.
Os quadrinhos abrangem a invenção de uma história, seu tratamento, sua estruturação e sua organização em vinhetas, a invenção dos diálogos, a caracterização física e moral dos personagens e outros fatores que divertem os alunos e mantêm seu interesse ao ponto de trabalharem sozinhos. A história em quadrinhos permite utilizar diversos recursos, como textos, figuras, onomatopéias, sons, imagens, possibilitando ao autor e ao leitor usufruirem desses recursos.
O ato de ler livros de histórias em quadrinhos é algo que está ficando cada vez mais difícil, pelo tempo que se afunila devido nosso dia-a-dia corrido. Porém não podemos esquecer que nossas vidas pertencem há um mundo muito inconstante, muitas vezes é como se vivêssemos em outra dimensão; trabalho, estudo, casa, amigos; tudo requer tempo e disponibilidade para desenvolvermos simples atividades, por esse motivo as histórias de contos de fadas, aventuras, romances entre outros vão perdendo espaço para as revistas, jornais, internet, rádio e televisão que são meios que oferecem as informações mais resumidas e mais rápidas. Porém apesar do mundo que vivemos, não podemos esquecer que nosso mundo foi inteiramente sonhado antes de ter existido, muitas de nossas tecnologias surgiram de sonhos que se transformaram em ideias e finalmente se tornaram realidade, portanto contar uma história é resgatar o próprio destino: descobrir a que sonho pertencemos e encontrar caminhos para a própria vida.
Espera-se a partir desse estudo que as HQs sejam utilizadas como uma ferramenta que venha a auxiliar no processo de ensino- aprendizagem. Sobretudo que docentes e discentes possam envolver-se através de HQ s direcionadas a aulas temáticas e, que através destas novas concepções e visões de mundo possam ser postas em pauta. E que juntos professores, alunos, coordenadores, diretores e pais possam participar dessa importante ferramenta que visa uma metodologia diferente, porém sem fugir à realidade do que se espera: uma educação de qualidade em consonância com as facilidades da modernidade e um aprimoramento da interpretação textual e visual dos alunos.
A literatura de Cordel, no decorrer dos séculos, tem se tornado, no Brasil e para o mundo, um patrimônio cultural do povo. Pois é uma arte que valoriza as raízes regionais e popularizou-se conduzindo a tradição, geralmente em versos apresentados oralmente. Veio da Europa com os colonizadores no século XVII. Esta arte nada mais é do que livretos escritos em verso com rimas em papel simples, que aborda temas reais como: política, corrupção, problemas sociais, valores, costumes e outros. Era vendido na feira pendurado em cordel, daí porque tem esta nomenclatura: Literatura de Cordel. Os brasileiros herdaram e transformaram em linguagem popular e criaram novas modalidades, regras, técnicas e estilo.
O uso do folheto de cordel na prática pedagógica possibilita a exploração da leitura lúdica, aborda diferentes disciplinas e por ser interdisciplinar, como também ele dá abertura para os professores das demais áreas do ensino regular.
O cordel tornou-se um patrimônio histórico cultural do povo nordestino e porque não dizer do povo brasileiro, e que ele transmite conhecimento seja na escola ou fora dela. Não se pode pensar em educação nos dias atuais sem a presença deste recurso paradidático novo na escola, porém antigo na forma oral e escrita. Se a literatura de cordel é interdisciplinar, cabe a escola aderir e incentivar professor e aluno, explorar os diversos temas e assuntos que nele contém.
Percebe-se que esta cultura secular pode servir de suporte para incrementar aulas, principalmente na aquisição da leitura e de outros conhecimentos interessantes. Um dos pontos relevantes da literatura de cordel na escola é a valorização da cultura regional. Este recurso proporcionará temas de aulas e dinâmicas, viagens, descobertas, ciências, migração, fenômenos naturais e temas atuais.
Faz-se necessário que o cordel seja utilizado em sala de aula, de forma a atender as diferentes modalidades de ensino, buscando a temática a ser trabalhada. O professor será sempre o mediador entre o cordel e o aluno. O docente será sempre o incentivador da cultura.
Para se formar bons estudantes é preciso torná-los autodidatas, e para isso, gostar da leitura e dos livros é pré-requisito básico, sem isso o aluno não vai conseguir avançar na vida acadêmica, e este processo é facilitado se foi iniciado desde cedo com os professores da educação, ensino fundamental.














CAPITULO I

    1. NOÇÕES GERAIS DE LEITURA: SURGIMENTO NA EUROPA E NO BRASIL

A história da literatura tenta compreender as transformações que a produção literária passou ao longo do tempo na evolução da sociedade. Se estudamos a história ou origem da literatura deparamos com estilos literários de época. GLÓRIA (2002 p 05- grifos do autor).
Os critérios usados para dividir os estilos de época varia muito. Às vezes, o autor publica uma obra revolucionária que acaba se tornando o marco inicial de um determinada época, outras vezes um fato histórico influencia uma infinidade de obras que darão origem a um movimento literário. É necessário ressaltar que as datas estabelecidas para um determinado período não são rigorosas, são apenas recursos didáticos usados para facilitar o estudo, já que é quase impossível estabelecer precisamente quando iniciou ou terminou um período.
É bom lembramos que um estilo de época não “morre” por completo e que a passagem de um estilo para outro não é tão rápida assim. Muitos apontamentos adotadas em um período podem ser aproveitadas por outros estilos literários que fazem uma releitura ou uma reinterpretação de textos escritos.
A Literatura tenta influência nela mesma para sempre ter a possibilidade de abrir novos caminhos e novas ideias. É por esta razão que o entendimento correto sobre cada estilo é tão importante, pois através dessa compreensão temos uma visão geral da Literatura e da sociedade que a produziu
Segundo ALBINO (2012) “Tendo surgido como reflexo de algumas transformações sociais, a literatura infantil, desde sua origem, instiga uma reflexão que procura definir seu estatuto no contexto das artes em geral.” Esta preocupação tem à especificidade do gênero que, destoando de outras formas de manifestação artística, nasce com uma destinação precisa, definida pelo adjetivo que o caracteriza. Pensando deste modo, observamos em seu cerne uma luta entre o conceito de literatura enquanto construção lingüística que se define por autonomia. A compreensão e resolução desse impasse, fator determinante para aqueles que têm o gênero como objeto de trabalho, começa a se esboçar com traços mais nítidos quando nos situamos na origem do problema: o surgimento, na Europa, de textos destinados ao público jovem.
Agregados à acontecimentos de fundo econômico e social, a origem da literatura para crianças ocorre no século XVIII, período em que a Revolução Industrial é deflagrada. Determinando o crescimento político e financeiro das cidades, a industrialização tem como reflexo direto a decadência do sistema medieval, baseado no feudalismo e na valorização do poder rural. Em substituição aos grandes senhores feudais, a burguesia se afirma como classe social urbana, incentivando a consolidação de instituições que a ajudem a atingir as metas desejadas. Entre essas instituições, destacam-se a família e a escola.
Interessado em fraturar a unidade do poder dos feudos, o Estado Absolutista passa a estimular um modo de vida mais doméstico e menos participativo publicamente, criando para tanto um determinado estereótipo familiar, baseado na organização patriarcal e no modelo de família nuclear. (ALBINO, Lia, 2012 P 02 ).

Tal estereótipo representa o sustentáculo dessa nova forma de governo, para legitimá-lo foi necessário promover a criança, maior beneficiário dessa estrutura. Se até o século XVII ela era vista como um adulto em miniatura, a partir do século XVIII adquire um novo status, determinando a valorização dos laços de afetividade e não mais de parentesco e herança conforme previa o sistema medieval.
A criança passa a ser alvo de valorização e de proteção, sendo separada da hostilidade do mundo adulto ao qual tinha antes livre acesso. Esse protecionismo redunda em isolamento, tornando necessário o surgimento de instituições que preservem o lugar do jovem na sociedade e sirvam de mediação entre a criança e o mundo. É, nesse contexto, que surge a escola.
Para ALBINO, uma sociedade em que o processo de modernização é flagrante em virtude da industrialização, cabe à escola adequar o jovem a esse novo quadro social. Isso é feito primordialmente por meio da alfabetização, habilitando a criança ao consumo das obras impressas que se proliferam no século XVIII como reflexo desse processo: aperfeiçoamento da tipografia e expansão da produção de livros. Alfabetizados, os jovens passam a necessitar de material adequado que supra essa nova habilidade adquirida, determinando o início dos laços entre a literatura e a escola.
O livro é um produto da industrialização e esta sujeito às leis do mercado. Passa a promover e a estimular a escola, como condição de viabilizar sua própria circulação e consumo. Nesse sentido, sua criação, visando a um mercado específico cujas características precisa respeitar e motivar, adota posturas, por vezes, nitidamente pedagógicas e endossa valores burgueses a fim de assegurar sua utilidade. Surge, nesse momento, o grande impasse que acompanhará todo o percurso de evolução do gênero: arte literária ou produto pedagógico-comercial?
De um lado, tantas concessões interferem na qualidade artística dos textos; de outro, denunciam que, sem concessões de qualquer grau, a literatura não subsiste como ofício, ou seja, sem abrir espaço para a mediação do leitor no seu processo de elaboração, a literatura não se socializa. É na tentativa de resolver essa problemática que a literatura infanto-juvenil e seu estudo vão ganhando relevância.
Embora a literatura infantil tenha surgido no século XVIII, foi somente no século XIX que, relativizando, ainda que de maneira incipiente, o flagrante pacto com as instituições envolvidas com a educação da criança, ela define com maior segurança os tipos de livros que mais agradam aos pequenos leitores, determinando suas principais linhas de ação: histórias fantásticas, de aventuras e que retratem o cotidiano infantil. Descoberto e valorizado esse interesse, o gênero ganha consistência e um perfil definido por meio do trabalho dos autores da segunda metade do século XIX, garantindo sua continuidade e atração. (ALBINO, Lia, Lia, 2012 P 03).

Embora os livros para crianças comecem a ser publicados no Brasil em 1808 com a implantação da Imprensa Régia, a literatura infantil brasileira nasce apenas no final do século XIX. Mesmo nesse momento, a circulação de livros infantis no país é precária e irregular, representada principalmente por edições portuguesas que só aos poucos passam a coexistir com as tentativas pioneiras e esporádicas de traduções nacionais. Enquanto sistema (de textos e autores postos em circulação junto ao público), a literatura destinada ao jovem público brasileiro se consolida somente nos arredores da Proclamação da República.
No final do século XIX, vários elementos convergem para formar a imagem do Brasil como um país em processo de modernização, entre os quais se destacam a extinção do trabalho escravo, o crescimento e a diversificação da população urbana e a incorporação progressiva de levas de imigrantes à paisagem da cidade. Visto que essas massas urbanas começam a configurar a existência de um virtual público consumidor de produtos culturais, o saber obtido por meio da leitura passa a deter grande importância no emergente modelo social que se impõe, fazendo com que a escola exerça um papel fundamental para a transformação de uma sociedade rural em urbana.
Para ALBINO, os livros infantis e escolares são de dois gêneros, que saem fortalecidos das várias campanhas de alfabetização deflagradas e lideradas, nessa época, por intelectuais, políticos e educadores, abrindo espaço, nas letras brasileiras, para um tipo de produção didática e literária dirigida especificamente ao público infantil.
Começa a despontar a preocupação generalizada com a carência de material de leitura adequado às crianças do país as quais contavam apenas com adaptações e traduções dos clássicos infantis europeus que, muitas vezes, circulavam em edições portuguesas cujo código lingüístico se distanciava bastante da língua materna dos leitores brasileiros. Em função da necessidade do abrasileiramento dos textos, aumentando sua penetração junto às crianças, o início da literatura infantil brasileira fica marcado pelo transplante de temas e textos europeus adaptados à linguagem brasileira. (ALBINO, Lia Lia, 2012 P 02).

A escola é um ambiente privilegiado para a difusão desses textos, na medida em que nela se encontram os leitores-consumidores visados pelo projeto de alfabetização, a disponibilidade do mercado para o consumo por ela evidenciada justifica a repetição de fórmulas e a ênfase na missão formadora e patriótica dessa literatura para crianças. A literatura lança mão, para a arregimentação de seu público, do culto cívico e do patriotismo como pretexto legitimador, conceitos que se manifestam por meio da exaltação da natureza, da grandeza nacional, dos vultos e episódios históricos e do culto à língua pátria.
Nesse sentido, se por um lado a preocupação com o destinatário infantil motivou a adaptação que fez esses textos afastarem-se dos padrões europeus; por outro, o compromisso escolar e ideologicamente conservador atribuiu a essa literatura a função de modelo.


    1. O PAPEL DO PROFESSOR DAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NA FORMAÇÃO DE LEITORES EFETIVOS
A mediação está presente quando o professor faz perguntas, dá devoluções os alunos sobre suas colocações e produções, problematiza o conteúdo com o objetivo de colocar o pensamento do aluno em movimento e, também, quando estimula os alunos a dialogarem entre si sobre suas atividades. Nadal e Papi (2007, p. 21)

De todos os agentes da escola, o professor é sem dúvida, quem mais tem o poder de transformar, de influenciar as crianças. Ele faz o contato direto e constante com os alunos. A sua presença, a sua interferência tem o potencial de produzir novos e bons leitores, novos pesquisadores, novos amantes dos estudos. Este processo se inicia nos primeiros anos de escola. O professor das séries iniciais precisa ser reconhecido e também se reconhecer como peça de fundamental importância no sistema de formação de amantes do saber.
A literatura no ensino fundamental pode e deve ser aliada do professor no processo de conduzir a criança de forma segura na jornada escolar, para isso, é essencial ele, o professor, ler pesquisar e conhecer as obras e os bons autores de literatura para crianças, interagir com os outros professores, e sempre buscar adequar os conteúdos encontrados nas obras literárias a sua realidade local e a de seus alunos. Com este cabedal de conhecimentos o docente terá efetivas condições de despertar o interesse dos alunos pela leitura. Segundo Costa (2010, p.158): “A relação entre literatura e escola deve ser intrínseca e explorada pelo professor na sua prática pedagógica. Explorá-la sem limites”.
E para ser bem sucedido nesta tarefa de despertar as consciências das crianças para leitura, o professor precisa ter desenvolvido sua capacidade técnica de manipular os recursos que estão ao seu alcance e ter disponibilizado um ambiente adequado na escola, para que possa aplicar as dinâmicas, que preparou visando à integração dos alunos com a leitura.
No uso da literatura para crianças em sala de aula, o professor deve se apresentar como elemento ativo e agente promotor de mudanças. Em uma narração de uma história, por exemplo, há momentos mágicos onde todos podem estar aprendendo, os alunos e o professor. Lições de bondade, de beleza, de justiça podem ser passadas de forma leve e divertida através do conto. Estes momentos de prazer certamente vão permanecer na memória de cada participante.
Segundo Freire (1999, p.80): “Ensinar exige alegria e esperança. [...] A esperança de que o professor e os alunos juntos podemos aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos igualmente resistir aos obstáculos à nossa alegria”. A literatura promove isso, através dos contos é possível viajar, refletir, sonhar, perceber seus problemas através dos problemas dos personagens, e descobrir soluções para esses problemas. Se o professor se dispõe utilizar estes recursos de forma coerente e com bom- senso, certamente despertará o interesse de seus alunos pela leitura.


1.2. A BIBLIOTECA, UM ESPAÇO DE LEITURA, INTERAÇÃO E DESCOBERTA

As bibliotecas das escolas podem ser um espaço mais atraente para as crianças e adolescentes. Portanto devem ser mais divulgadas e incentivadas pelos professores para serem visitadas pelos alunos.
“Eu”, por exemplo, não me lembro ter ido a uma biblioteca na escola quando era estudante nos primeiros anos escolares, nem também depois, nunca ouvi de um professor, em mais de 14 anos de escola, um convite ou incentivo para ir à biblioteca, mas mesmo hoje, noto ainda certo abandono das bibliotecas das escolas, não no sentido de cuidado, elas na grande maioria das vezes estão arrumadas, os livros na estante estão organizados por assunto, em muitos casos tem até uma bibliotecária, mas falo no sentido de serem muito pouco visitadas.
A biblioteca, este ambiente especial da escola, merece receber um olhar diferenciado dos profissionais da educação. Os livros são a principal fonte, onde os professores e alunos buscam o conhecimento, e o local na escola reservado para eles ficarem, precisa ser visitado com mais frequência. Para isso, tornar a biblioteca um local atraente para os alunos de todas as faixas etárias é o grande desafio de professores, pedagogos, bibliotecários e diretores das escolas.
Existem vários projetos bem elaborados visando exatamente isto, apresentar a biblioteca como um ambiente atraente, onde se pode ler, aprender de forma lúdica e obter o conhecimento. As implementações destes projetos, evidentemente, devem começar desde as séries escolares iniciais, para poder ir formando um hábito nas crianças.
Nesta pesquisa, um destes projetos atraiu minha atenção, porque exatamente desfaz aquela ideia de biblioteca como um lugar fixo, austero, de apenas silêncio e introspecção, é o Projeto Biblioteca Para Primeira Infância, desenvolvido pelo Instituto Brasil Leitor, consultado via internet em 15/09/2012, que apresenta uma biblioteca versátil, que pode ser montada numa sala de aula, numa enfermaria de um hospital para crianças ou num espaço público, onde estiverem crianças. Os móveis, os livros, os brinquedos, tudo foi pensado para criar um ambiente de interação, aprendizado e prazer para as crianças. Este projeto, como tantos outros bem elaborados, pode servir como exemplo inspirador para todos os educadores.

    1. A CRIANÇA E O LIVRO
O desenvolvimento de interesses e hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar, aperfeiçoa-se sistematicamente na escola e continua pela vida afora.” Bamberger


Segundo Sandroni e Machado (1998, p.12) “a criança percebe desde muito cedo, que livro é uma coisa boa, que dá prazer”. O contato da criança com o livro pode acontecer muito antes do que os adultos imaginam. Muitos pais acreditam que a criança que não sabe ler não se interessa por livros, portanto, não precisa ter contato com eles. O que se percebe é bem ao contrário.
As crianças interessam-se pelas cores, formas e figuras que os livros possuem e que mais tarde, darão significados a elas, identificando-as e nomeando-as. É importante que o livro seja tocado pela criança, folheado, de forma que tenha um contato mais íntimo com o objeto do seu interesse. A partir daí, ela começa a gostar dos livros, percebe que eles fazem parte de um mundo fascinante, onde a fantasia apresenta-se por meio de palavras e desenhos. De acordo com Sandroni e Machado (1998, p.16) “o amor pelos livros não é coisa que apareça de repente”. É preciso ajudar a criança a descobrir o que eles podem oferecer. Assim, pais e professores têm um papel fundamental nesta descoberta: serem estimuladores e incentivadores da leitura.



1.4. LINGUAGEM E LEITURA

A aprendizagem do ser humano inicia-se a partir do momento em que nasce. Nos primeiros contactos com o ambiente que o rodeia, com a mãe, com o meio familiar e, mais tarde, com o ambiente escolar e social, estabelece-se uma inter-relação que se vai aprofundando e modificando, de acordo com o próprio desenvolvimento. Nessa inter- relação actua a criança e o adulto, que “ensina”.
Em todo o processo de desenvolvimento da criança, a linguagem é muito importante, uma vez que vai ser o suporte de todas as aprendizagens e aquisições. Daí a criança ser capaz de comunicar, recorrendo a todo o tipo de linguagem oral, escrita, corporal e gestual.
A criança adquire a linguagem de forma natural e espontânea, basta que seja exposta à língua da comunidade a que pertence, isto é, que ouça falar à sua volta e que falem. A linguagem adquire-se e desenvolve-se através do uso, do ouvir falar falando. Esta aquisição processa-se em várias fases e é condicionada por diversas influências, pelo que nem todas as crianças do mesmo nível etário apresentam o mesmo grau de desenvolvimento linguístico.
À medida que são vencidas as várias fases, a linguagem vai progredindo. Mas esta evolução necessita da intervenção do adulto, quer seja da família ou do professor. As alterações da linguagem podem surgir em qualquer umas das etapas e podem ser devidas a deficiências congénitas, mas também a factores de ordem sócio-cultural e sócio - económico do meio de onde provêm os alunos.
Algumas crianças apresentam dificuldades no início da vida escolar que manifestam-se nas matérias fundamentais, a leitura e a escrita, tendo como consequência dificuldades noutras áreas de aprendizagem traduzindo-se em fraco rendimento escolar. É ao iniciar a sua escolaridade (Ensino Básico) que se manifestam essas dificuldades na aprendizagem, dado que é no 2º e 3º anos do Ensino Básico que criança deve aprender a ler e a escrever, tarefa escolar que poderá transformar-se numa verdadeira angústia e numa enorme dificuldade caso não tenham sido adquiridos certos requisitos.
Tais dificuldades poderão levar a criança a rejeitar as aulas, a perturbar o ambiente da sala de aula, a recusar realizar as tarefas, falta de estímulo para estar na sala de aula, podendo mesmo conduzir ao desenvolvimento de uma personalidade conflituosa.
“Para que os alunos que chegam à escola, com uma variedade de origem diferente, alcancem o nível de mestria necessário no Português padrão, não pode esquecer-se que a simples exposição ao modelo fornecido pelo professor e por outros colegas não é suficiente, havendo que promover, na sala de aula, estratégias de ensino diferenciadas, direcionadas para este propósito específico.”
O processo é simples e natural, mas exclui por completo o imobilismo. Para o professor consiste em ter ao mesmo tempo, e em interação permanente, dois cuidados: o de conhecer sempre melhor os “recursos” do aluno e o descobrir, sem cessar novos itinerários para os seus saberes.
A atividade em conjunto, professor – aluno é uma forma de conseguir uma aprendizagem significativa para a criança, pois parte das necessidades do ator principal do processo pedagógico, que é a criança. Neste processo, a responsabilidade e a autonomia dos alunos são essenciais dado que eles são membros ativos da sua aprendizagem.
A individualidade da linguagem enquanto espécie e constrói-nos como sujeitos na medida em que nos permite conhecer, pensar, agir argumentar, sentir, abrindo-nos as portas do conhecimento.


CAPITULO II
2.0 A IMPORTÂNCIA DO USO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E A LITERATURA DE CORDEL NA ESCOLA PARA PROMOVER NA CRIANÇA O PRAZER DE LER

Considera-se como marco inicial das histórias em quadrinhos, o início de nossa civilização, onde esta forma de expressão era utilizada pelo homem pré-histórico, em suas pinturas feitas nas paredes, representando imagens com diversos significados. Ao longo da história surgiram muitos materiais que se utilizavam da imagem para transmitir informações, essa linguagem criada pelos homens das cavernas, hoje é chamada de quadrinhos, que acabou se tornando grande veículo de comunicação popular em todo o mundo.
As histórias em quadrinhos surgem com um objetivo: o de criticar a sociedade, diante de tanta pobreza. Sendo assim, o primeiro quadrinho nasce em 1894, com o personagem americano Yellow Kid, o garoto amarelo, que retratava a história de um menino pobre da favela, do qual usava um camisolão amarelo, e nele apareciam os textos escritos. Durante muito tempo, a produção de histórias em quadrinhos se limitou à publicação de quadrinhos estrangeiros, principalmente americanos que apresentavam personagens heróicos e fascinantes.
Aqui, no Brasil, o seu início não foi muito diferente, utilizavam-se charges com desenhos, dos quais eram impressos e distribuídos pelas praças, como o intuito de ironizar e resistir aos desmandos do poder. O Brasil se tornou um dos pioneiros na criação moderna dos quadrinhos, numa definição bastante simples, são formados por: imagem e linguagem escrita.
Nossa primeira revista dedicada às crianças chamou-se Tico-Tico e surgiu em 1905. Essa revista continha poucas páginas com quadrinhos, o restante eram curiosidades, fábulas e informações diversas. Com o tempo a revista foi ganhando prestígio, o que influenciou o surgimento de novas revistas. Nas décadas de 20, 30 e 40, os quadrinhos viraram febre. A partir de 1960, os quadrinhos nacionais garantiram excelentes artistas e personagens consagrados. Ziraldo criou o Pererê e o Menino Maluquinho; Maurício de Souza criou Bidu e, mais tarde, as personagens Mônica, Cebolinha, Cascão e Chico Bento. Nos dias de hoje, é fato, as histórias em quadrinho continuam fazendo sucesso entre a garotada. Isso significa que elas vieram para ficar.
Já a literatura de Cordel no decorrer dos séculos tem se tornado no Brasil e para o mundo um patrimônio cultural do povo. Pois é uma arte que valoriza as raízes regionais e popularizou-se conduzindo a tradição, geralmente em versos apresentados oralmente.
Veio da Europa com os colonizadores no século XVII, e esta arte nada mais é do que livretos escritos em verso com rimas em papel simples, que aborda temas reais como: política, corrupção, problemas sociais, valores, costumes e outros. Era vendido na feira pendurado em cordel, daí porque tem esta nomenclatura: Literatura de Cordel. Os brasileiros herdaram e transformaram em linguagem popular e criaram novas modalidades, regras, técnicas e estilo.
Assim sendo, o presente trabalho tem por finalidade incentivar o uso da literatura de cordel na sala de aula. Será possível esse recurso paradidático na escola? O que estudar com ele? Será viável?
O uso do folheto de cordel na prática pedagógica possibilita a exploração da leitura lúdica, aborda diferentes disciplinas e por ser interdisciplinar, como também ele dá abertura para os professores das demais áreas do ensino regular.
Faz-se necessário que o cordel seja utilizado em sala de aula, se forma a atender as diferentes modalidades de ensino, buscando a temática a ser trabalhada. O professor será sempre o mediador entre o cordel e o aluno. Ele será sempre o incentivador da cultura.
Enfocaremos neste trabalho a historicidade do cordel, no Brasil e no mundo, seus conceitos, a exploração como recurso didático, a interdisciplinaridade por natureza no cordel e as contribuições da oralidade do cordel para a aprendizagem.

2.1. HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

As histórias em quadrinhos foram, por muito tempo, consideradas como coisa para criança. Mas na escola havia uma grande resistência no seu uso como objeto de leitura para criança, só a bem pouco tempo, alguns professores mais modernos, de forma ainda muito tímida, começaram a se utilizar das histórias em quadrinhos como objeto de leitura na sala de aula. Isso porque houve uma mudança de percepção, por parte do meio acadêmico, em relação às histórias em quadrinhos.
De repente, as histórias em quadrinhos, tidas como uma subliteratura prejudicial ao desenvolvimento intelectual das crianças, passam a despertar interesse nos meios cultos e serem analisadas com seriedade pelos estudiosos, como uma nova forma de manifestação artística e cultural. (ALVES, 1996, p. 2)
Para atrair as crianças para leitura o professor tem a sua frente um grande desafio, porque há concorrência por todos os lados, principalmente nos dias atuais, com tantas opções de distração, como é o caso da televisão, dos jogos eletrônicos, dos celulares repletos de recursos audiovisuais, dos computadores. A batalha não é simples para conduzir as crianças, fazê-las sentar e ler um livro com prazer. As histórias em quadrinhos, neste sentido, pode ser uma opção muito atraente para as crianças, porque combina vários fatores como afirma Alves (1996, p. 5) referindo-se aos quadrinhos:
O sucesso das histórias em quadrinhos baseia-se na forma de leitura que, sem forçar a mente a complicadas formulações, e sem exigir atualização no campo da teoria literária, ainda diverte. Crianças (até as não alfabetizadas), adultos, professores, sociólogos, psicólogos, interessam-se por este meio de expressão, seja como “inocentes” leitores (principalmente no caso das crianças), ou interrogando-se sobre a importância das histórias em quadrinhos.

2.1.1. HISTÓRIAS EM QUADRINHOS, UM ALIADO NO INCENTIVO A LEITURA.

Hoje em dia é frequente observar o desinteresse das crianças pela leitura, isso talvez ocorra devido às facilidades do mundo virtual e dos encantos televisivos, assim a leitura uma prática milenar e fantástica, foi relegada a segundo plano. Baseados nesta realidade a nossa preocupação esta em desenvolver o interesse a leitura, através das Histórias em Quadrinhos, muitos professores já utilizam os quadrinhos como mecanismo eficaz para o ensino e as necessidades de aprendizagem, segundo Sobanski (2009 p.46 a 51) estes oferecem subsídios importantes para tal, como:

✓ Incentivam o gosto pela leitura, pois os quadrinhos são considerados pelos alunos, um tipo de texto divertido e prazeroso.
✓ Influenciam diretamente na memorização, desenvolvendo conexões ligadas à escrita a leitura e ao pensamento.
✓ A composição em geral dos quadrinhos, cores, imagens, pontuação, facilitam a interpretação e ao desenvolvimento do raciocínio lógico.
✓ Contribuem para que a criança adquira o hábito à leitura, tornando-a mais criativa.
✓ De forma lúdica, motivam e estimulam a criança a desenvolver suas habilidades.
✓ Os quadrinhos aproximam o leitor ao mundo imaginário.

De acordo com Ferraz e Fusari (1993), as histórias em quadrinhos, além de ser uma linguagem artística e de comunicação social, despertam no público infantil e jovem grande interesse devido as suas diversas possibilidades interativas e imaginativas.
No mundo atual, podemos observar crianças com os mais diversos temperamentos: carinhosos, bons, outros nem tanto, carentes, nervozinhos, entre tantas outras características. O professor, ao entrar em sala de aula, já encontra essa mistura de gêneros, mas como ensinar o hábito da leitura a alunos com tantas diferenças? Todo ser humano possui o seu modo de pensar e agir, portanto, cabe ao professor de maneira criativa, encontrar a melhor solução e despertar o interesse dos alunos, para o processo de ensino-aprendizagem, por isso, as Histórias em Quadrinhos são ótimas alternativas neste processo.
Embora algumas pessoas acreditem que elas desestimulam a leitura, tornando as crianças “preguiçosas” afetando diretamente a criatividade, uma vez que estas já trazem cenas prontas, consequentemente interferindo na imaginação, logo, estudos do pesquisador Oliveira (2006, p.22), comprovam o oposto, desfazendo este equívoco.
Quanto aos quadrinhos interferirem na imaginação, os desenhos, os personagens e o cenário só adquirem movimento, através da própria imaginação do leitor. O que comprova que as HQs não são má influencia; pelo contrário, elas estimulam o mundo imaginário do aluno, desde que o professor tome alguns cuidados. Antes de fazer uso desses recursos em sala de aula, o educador necessita primeiramente dominar o assunto, conhecer profundamente suas possibilidades de ensino e utilizá-las de forma criativa, para que não haja futuras dificuldades.
Dominando o assunto e usando os quadrinhos de maneira adequada e correta, este meio de comunicação, adorado pela maioria das crianças, pode ser utilizado como incentivo a leitura, pois as histórias são de fácil compreensão, possuem ações rápidas, com ilustrações que chamam a atenção. Além disso, as crianças gostam de atividades, que despertem a criatividade, consequentemente influenciando no hábito e gosto pela leitura.
Adquirir o hábito da leitura é um bem que a pessoa faz a si próprio, pois ler nos faz viajar sem ao menos sairmos do lugar, nos permite obter novas culturas, conhecer novos horizontes em relação ao mundo, faz com que você enriqueça seu vocabulário, proporciona conhecer pessoas e a nós mesmos, ela nos permite expandir nossos conhecimentos. Quem lê aprende a escrever e a interpretar melhor, nos tornamos pessoas muito mais criativas e mais preparadas para enfrentarmos a realidade do mundo.

2.1.2.TIRINHAS DE MAFALDA
Temos a consagrada produção de Quino, Argentina, publicadas no Brasil. As tirinhas de Mafalda são uma referência a problemas atuais e são exploradas na composição de questões de vestibular, nas universidades brasileiras – as charges também servem frequentemente a este propósito.

venerdì 30 novembre 2012

Tcc unip Monografia - Até o inicio do capitulo 1



RESUMO

O objetivo desta abordagem é investigar de que maneira a Literatura Infanto-juvenil pode influenciar no desenvolvimento da leitura das crianças. A leitura deve fazer parte da rotina dos pequenos , tanto na escola quanto em casa, uma vez que, por meio da literatura infanto-juvenil podemos levar nossas crianças para qualquer lugar, mágico ou real. Assim, é importante que haja projetos de leitura nas escolas para que os professores possam aprofundar o desenvolvimento da leitura na Educação das crianças, visando orientar o trabalho com os alunos, a partir da leitura de clássicos da literatura infantil, fazendo com o que o aluno tenha prazer em ler e consiga transmitir ao outro o que leu. Podemos observar a importância deste projeto de pesquisa por buscar compreender que a Literatura infanto-juvenil, em sua prática, desperta o interesse e a atenção das crianças, desenvolvendo nelas, entre outras coisas, a imaginação, a criatividade, a demonstração das ideias, e o prazer pela leitura e escrita, também cria situações, nas quais as crianças possam interagir em seu processo de construção do conhecimento, possibilitando assim, o seu desenvolvimento da leitura. Dessa forma, o livro deve ser mostrado e aberto com prazer e a alegria, para que o aluno perceba que ler é uma viagem maravilhosa e não apenas mais uma das atividades de escola. A leitura e a escrita são hoje um dos maiores desafios das escolas, visto que quando estimulada de forma criativa, possibilita a redescoberta do prazer de ler, a utilização da escrita em contextos sociais e a inserção da criança no mundo letrado.

Palavras chaves: Literatura; Escola; Criança, biblioteca, professores.













A INFLUÊNCIA DA LITERATURA PARA CRIANÇAS NO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA

I- INTRODUÇÃO
Nos primeiros anos de vida, a criança está em processo de adaptação ao novo mundo, está conhecendo sua família e seu entorno doméstico. O que ela escuta: as conversas, as histórias dos adultos representam algo ainda muito confuso, um pouco sem sentido para percepção infantil.
A criança vive no seu mundo imaginário, onde pode se comunicar com tudo a sua volta, do seu jeito próprio, conversa com seus brinquedos, com os animais e até com seres invisíveis que povoam sua mente fértil. Isto, na maioria das vezes, gera um pouco de preocupação nos adultos, principalmente os pais, que não estão acompanhando ou não estão entendendo o processo de desenvolvimento da criança.
Quando chega a idade adequada para ir à escola, a criança é submetida a um novo ambiente social. Agora ela precisa interagir com outras pessoas, até então, desconhecidas para ela, isto é, os professores, os coleguinhas, as merendeiras, o diretor, isto representa outro sistema hierárquico um pouco diferente do que ele absorvera em casa. Neste contexto a escola precisa desenvolver várias atividades que possibilitem a criança integrar-se consigo mesma e com os outros, fazer com que ela entenda o mundo onde está inserida e cresça como ser humano.
Entre estas atividades, que a escola precisa promover, está o uso da literatura como instrumento de apoio, instrumento facilitador para criança começar sua caminhada no universo escolar, e, dá passos mais definitivos e com significados na sua autoconstrução como indivíduo. Como afirma Costa (2010, p.23) “A Literatura Infantil é literatura e, nesse sentido, é arte e tem sua especificidade no sujeito a que se destina – a criança, e sua respectiva cultura – a infância”. Neste sentido, com a utilização da leitura, da escrita, das narrações das históricas dos contos com gravuras, do uso do teatro de bonecos, de canções e outros modalidades de atividades didáticas na escola, a criança vai se preparando para melhor lidar com a sua vida cotidiana.
Considerando os pontos levantados acima, neste trabalho vamos abordar a importância do papel do professor como indutor na formação de bons leitores e amantes dos livros, bem como o uso das histórias em quadrinhos e literatura de cordel em sala de aula, tornando-os instrumentos para atrair as crianças para leitura, e demonstrando a utilização da biblioteca, este lugar muitas vezes esquecido nas escolas, que pode ser explorado de forma mais frequente por parte dos professores para estimular os alunos à leitura.
A história em quadrinhos é um gênero de literatura, ao mesmo tempo, icônica e verbal, que contém uma arte de narrativa em imagem acessível mesmo a pessoas que não sabem ler. Seu público abrange tanto crianças como adolescentes e adultos de diferentes níveis socioeconômicos e educacionais. Configura um campo iconográfico rico e vasto.
Os quadrinhos abrangem a invenção de uma história, seu tratamento, sua estruturação e sua organização em vinhetas, a invenção dos diálogos, a caracterização física e moral dos personagens e outros fatores que divertem os alunos e mantêm seu interesse ao ponto de trabalharem sozinhos. A história em quadrinhos permite utilizar diversos recursos, como textos, figuras, onomatopéias, sons, imagens, possibilitando ao autor e ao leitor usufruirem desses recursos.
O ato de ler livros de histórias em quadrinhos é algo que está ficando cada vez mais difícil, pelo tempo que se afunila devido nosso dia-a-dia corrido. Porém não podemos esquecer que nossas vidas pertencem há um mundo muito inconstante, muitas vezes é como se vivêssemos em outra dimensão; trabalho, estudo, casa, amigos; tudo requer tempo e disponibilidade para desenvolvermos simples atividades, por esse motivo as histórias de contos de fadas, aventuras, romances entre outros vão perdendo espaço para as revistas, jornais, internet, rádio e televisão que são meios que oferecem as informações mais resumidas e mais rápidas. Porém apesar do mundo que vivemos, não podemos esquecer que nosso mundo foi inteiramente sonhado antes de ter existido, muitas de nossas tecnologias surgiram de sonhos que se transformaram em ideias e finalmente se tornaram realidade, portanto contar uma história é resgatar o próprio destino: descobrir a que sonho pertencemos e encontrar caminhos para a própria vida.
Espera-se a partir desse estudo que as HQs sejam utilizadas como uma ferramenta que venha a auxiliar no processo de ensino- aprendizagem. Sobretudo que docentes e discentes possam envolver-se através de HQ s direcionadas a aulas temáticas e, que através destas novas concepções e visões de mundo possam ser postas em pauta. E que juntos professores, alunos, coordenadores, diretores e pais possam participar dessa importante ferramenta que visa uma metodologia diferente, porém sem fugir à realidade do que se espera: uma educação de qualidade em consonância com as facilidades da modernidade e um aprimoramento da interpretação textual e visual dos alunos.
A literatura de Cordel, no decorrer dos séculos, tem se tornado, no Brasil e para o mundo, um patrimônio cultural do povo. Pois é uma arte que valoriza as raízes regionais e popularizou-se conduzindo a tradição, geralmente em versos apresentados oralmente. Veio da Europa com os colonizadores no século XVII. Esta arte nada mais é do que livretos escritos em verso com rimas em papel simples, que aborda temas reais como: política, corrupção, problemas sociais, valores, costumes e outros. Era vendido na feira pendurado em cordel, daí porque tem esta nomenclatura: Literatura de Cordel. Os brasileiros herdaram e transformaram em linguagem popular e criaram novas modalidades, regras, técnicas e estilo.
O uso do folheto de cordel na prática pedagógica possibilita a exploração da leitura lúdica, aborda diferentes disciplinas e por ser interdisciplinar, como também ele dá abertura para os professores das demais áreas do ensino regular.
O cordel tornou-se um patrimônio histórico cultural do povo nordestino e porque não dizer do povo brasileiro, e que ele transmite conhecimento seja na escola ou fora dela. Não se pode pensar em educação nos dias atuais sem a presença deste recurso paradidático novo na escola, porém antigo na forma oral e escrita. Se a literatura de cordel é interdisciplinar, cabe a escola aderir e incentivar professor e aluno, explorar os diversos temas e assuntos que nele contém.
Percebe-se que esta cultura secular pode servir de suporte para incrementar aulas, principalmente na aquisição da leitura e de outros conhecimentos interessantes. Um dos pontos relevantes da literatura de cordel na escola é a valorização da cultura regional. Este recurso proporcionará temas de aulas e dinâmicas, viagens, descobertas, ciências, migração, fenômenos naturais e temas atuais.
Faz-se necessário que o cordel seja utilizado em sala de aula, de forma a atender as diferentes modalidades de ensino, buscando a temática a ser trabalhada. O professor será sempre o mediador entre o cordel e o aluno. O docente será sempre o incentivador da cultura.
Para se formar bons estudantes é preciso torná-los autodidatas, e para isso, gostar da leitura e dos livros é pré-requisito básico, sem isso o aluno não vai conseguir avançar na vida acadêmica, e este processo é facilitado se foi iniciado desde cedo com os professores da educação, ensino fundamental.




CAPITULO I

1.0. NOÇÕES GERAIS DE LEITURA: SURGIMENTO NA EUROPA E NO BRASIL 

 
A história da literatura procura entender todas as modificações que a produção literária passou ao longo da evolução da sociedade. Quando estudamos a história ou origem da literatura deparamos com um conceito: o de estilos literários ou estilos de época, é o nome dado ao conjunto de obras escritas em uma determinada época.
O critério usado para dividir os estilos de época varia muito. Às vezes, o autor publica uma obra revolucionária e ela acaba se tornando o marco inicial de um determinado período, outras vezes um fato histórico influencia uma infinidade de obras que darão origem a um determinado movimento literário.
É importante ressaltar que as datas estabelecidas para um determinado período não são tão rigorosas quanto parecem, são apenas recursos didáticos usados para facilitar o estudo, já que é quase impossível estabelecer precisamente quando iniciou ou terminou um período.
Também é bom sabermos que um estilo de época não “morre” por completo e que a passagem de um estilo para outro não é tão rápida assim. Muitas ideias adotadas em um período podem ser aproveitadas por outros estilos literários que fazem uma releitura ou uma reinterpretação de textos já escritos.
A Literatura busca influência nela mesma para sempre ter a possibilidade de abrir novos caminhos e novas ideias. É por esta razão que o entendimento correto sobre cada estilo é tão importante, pois através dessa compreensão temos uma visão geral da Literatura e da sociedade que a produziu

lunedì 19 novembre 2012

Atividade Complementar: Anpof – Monitoria; Economia Verde; CRIMES VIRTUAIS


Aluno: Benedito M. Fagundes

Anpof – Monitoria

Este evento aconteceu entre 22 e 26 de outubro de 2012, em Curitiba,
Paraná. É um encontro de nível nacional de pós graduação. Alunos do
Brasil inteiro teve a oportunidade de participar. Muitos estudantes
vieram apresentar seus trabalhos.
O décimo quinto (XV) encontro nacional "Anpof" foi organizado
pela síntese eventos. Mais de cem pessoas trabalharam como monitores
para que este evento pudesse acontecer.
A participação como monitor foi de grande importância para o meu
curso, ou seja, para a minha formação. Um evento de longo alcáce como
este eleva o grau de conhecimento de qualquer aluno, prepara-o para
participar ativamente de grandes eventos.
A estrutura do evento estava dividida em duas grandes partes;
Seção Temática, própria para os alunos de pós-graduação (mestrado,
doutorado) apresentasse seus trabalhos.
A segunda seção era de
minicursos. Nesta só tinha professores doutores. Eles davam um
verdadeiro curso sobre o assunto, exemplo como ler Nietzsche.
















Economia Verde


O desenvolvimento sustentável enfatiza uma abordagem holística, justa e clarividente à tomada de decisões em todos os níveis.
A economia verde seria uma tributação mais pesada sobre combustíveis fósseis, de forma que outras formas de energia renovável ficassem relativamente mais atraentes do ponto de vista do preço de consumo. Outra possibilidade é a diminuição de subsídios concedidos a atividades prejudiciais ao meio ambiente.
. O desenvolvimento sustentável compete à integração e uma análise equilibrada dos objetivos sociais, econômicos e ambientais e os objetivos na tomada de decisão tanto pública quanto privada.
De acordo com o estudo, uma economia verde deve ser uma “economia centrada nas pessoas”, uma vez que requer trabalhos decentes e qualidade de vida para bilhões de pessoas, incluindo aquelas que vivem na pobreza e/ou que estão desempregadas.“Entidades das Nações Unidas estão conscientes dos desafios de recursos que os países enfrentam para atender às necessidades de uma crescente população mundial urbana.
O custo humano e econômico de desastres naturais e a volatilidade dos preços refletem tendências preocupantes na mudança climática global, crescente escassez de recursos naturais e perdas de ecossistemas.”Concebida com o apoio de economistas, a ação pretende criar uma oportunidade única de mudar o futuro da economia. |
O conceito de economia verde concentra-se principalmente na intersecção entre o ambiente e a economia. Isto relembra a Conferência Rio 1992: a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.

REFERÊNCIAS
BECKER, Fátima; SEEHUSEN, Susan Edda (orgs.). Pagamentos por serviços ambientais na Mata Atlântica – Lições aprendidas e desafios. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011.








CRIMES VIRTUAIS

É comum se acreditar que a internet é uma terra sem leis. Um mundo virtual, paralelo ao nosso, onde os atos não têm consequências. Mas essa premissa está completamente equivocada. A internet não é uma terra sem leis. Quem utiliza de tal ferramenta para se relacionar de forma virtual, inegavelmente irá responder sobre seus atos com base na Constituição Federal e nos códigos Civil e Penal. Sabe-se também que uma das principais necessidades é a criação de um código específico para nortear o uso da internet devido as suas características próprias. Por ser um software muitas vezes difícil de identificar certas alterações ilegais. Podemos ter por base o furto. Nesse caso, é presumido que esse crime acontece quando alguém subtrai de outra pessoa algo. Mas esse ato é de difícil visualização no âmbito eletrônico, pois uma pessoa pode se apossar de um arquivo (cópia) sem ter que subtrair da outra pessoa o mesmo.
Com a globalização veio à facilidade para aquisição de meios eletrônicos para a maioria da população brasileira, com isso o maior interesse de crackers para invadir e roubar senhas, documentos, informações pessoais entre outros aspectos privados para roubar algo que os interessa, com a existência de tecnologia na inteligência da policia federal muitos casos de roubo são descobertos, mais muitos outros saem empune, pois usam software cada vez mais avançados com a finalidade de nunca serem descobertos.
Palavras-chave: Leis, Globalização, Crackers.
Recursos financeiros precisam ser aplicados na área para criação de software visando à segurança, pois com o avanço periódico de tecnologia dificultará cada vez mais o trabalho dos crackers, mais a criação de leis que punam é indispensável, a constituição brasileira inegavelmente está precisando de novas modificações, pois com o passar dos anos muitas coisas evoluíram, surgiram e que precisam passar pelos olhos da lei, em um simples ‘copiar e colar’ de um documento ou qualquer arquivo sem permissão de download, ou melhor, sendo-o privado, já é algo a ser averiguado, pois estará invadindo o espaço do outro e isso já deveria causar alguma penalidade, pois feriu a dignidade, direitos autorais, ou mesmo a privacidade do próximo.
REFERÊNCIAS

AOB - São Paulo 2010